Outra informação

A Aliança Global por uma agricultura climaticamente inteligente foi anunciada em 23 de setembro de 2014, durante a Cúpula Mundial do Clima organizada em Nova York. Essa aliança é resultado de vários anos de esforços da FAO e do Banco Mundial para impor à agenda internacional a noção de “agricultura climaticamente inteligente”, com o contexto ideológico e as políticas que ela implica.
Neste 8 de março, Dia Internacional da Mulher, começa a 4ª Ação Internacional da Marcha Mundial das Mulheres (MMM), que é realizada a cada cinco anos e na qual organizações feministas dos diversos continentes apresentam suas principais pautas de luta e reivindicação. A ação tem caráter descentralizado, e as atividades, manifestações, atos de rua, oficinas, processos de formação, entre outras maneiras de se juntar à proposta, vão se estender até 17 de outubro.
Em 8 de dezembro de 2014, um grupo de extraordinárias líderes se reuniu em Lima, no Peru, durante as negociações climáticas da ONU, para se pronunciar contra questões de injustiça social e ecológica e para compartilhar histórias e planos de ação visando construir um mundo habitável e igualitário. Mulheres indígenas de diferentes lugares compartilharam suas experiências e suas lutas.
A Rádio Mundo Real preparou um programa especial sobre o cuidado com a Natureza, destacando as vozes das mulheres de diversas organizações da América Latina que participaram do congresso da ANAMURI. Ouça o programa completo (em espanhol) aqui: http://radiomundoreal.fm/8114-la-tierra-es-madre
Um artigo de Charo Rojas, Marilyn Machado, Patricia Botero e Arturo Escobar relata os processos cumulativos que vêm violando os direitos das populações afrodescendentes e que destroem seus territórios. Esses processos, dizem eles, são de tal porte que podem ser caracterizados como crimes de lesa-humanidade, ecocídio e etnocídio. A defesa dos territórios ancestrais contrasta com a noção capitalista, neocolonial, unidimensional e eurocêntrica de propriedade individual da terra como meio econômico da produção e exploração.
O filme da Rádio Mundo Real sobre a financeirização da Natureza foi realizado em colaboração com Alianza Biodiversidad, Amigos da Terra América Latina e Movimento Mundial pelas Florestas Tropicais. O vídeo tenta explicar o que é a financeirização da natureza, quais são seus mecanismos, sua expressão nos territórios, seus impactos e a resistência que ela gera.
A rede internacional de camponeses e camponesas Via Campesina chama a articular ações conjuntas, no Dia Internacional da Mulher, que permitam tornar visível o papel fundamental das mulheres agricultoras em garantir a Soberania Alimentar. Nesta jornada de lutas, denuncia-se a violência exercida especificamente contra as mulheres, pois o modelo do agronegócio, do patriarcado e do capital no campo intensificaram as desigualdades sociais e de gênero.
Quando mineradoras e madeireiras chegam a aldeias pedindo direitos sobre seus recursos, de que forma as comunidades podem tomar uma decisão informada, sem realmente entender todos os impactos dessas atividades? Moira Dasipio, 55 anos, vive e trabalha na província de Isabel, nas Ilhas Salomão, e está determinada a oferecer mais informações sobre grandes projetos às populações locais.
Apesar de Máxima Acuña, uma camponesa do norte andino do Peru, mãe de quatro filhos e que nunca aprendeu a ler e escrever, ter vencido uma ação contra a mineradora que produz mais ouro na América do Sul – a Yanacocha – a empresa continua com atos de intimidação violenta. Só em 2015, Máxima foi ameaçada pelo menos duas vezes, com a entrada, em sua propriedade, da polícia e de agentes da empresa Securitas, que fornece segurança privada à Yanacocha. Em 12 de fevereiro, realizou-se o Dia Mundial de solidariedade a Máxima.
El Salvador tem a maior taxa de feminicídio do mundo, Guatemala, a terceira, e Honduras, a sétima. Na Guatemala e em Honduras, apenas 2% dos casos de mulheres assassinadas foram investigados em 2013. E, em El Salvador, só em 2014, entre janeiro e outubro, mais de 300 mulheres entre 12 e 18 anos foram encontradas em valas comuns não identificadas. As vítimas de feminicídio muitas vezes apresentam sinais de tortura, estupro ou mutilação mamária e genital, e partes do corpo desmembradas.
Lideranças dos povos indígenas da Amazônia brasileira, participantes do Fórum Social Mundial da Biodiversidade, realizado em Manaus, Brasil, em janeiro de 2015, declarou seu repudio por as inúmeras ações desenvolvidas pelo Estado Brasileiro em violação à Constituição Nacional e a outros instrumentos legais internacionais.