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Outra informação
Defensores da justiça climática e representantes de comunidades e movimentos se reuniram em Maputo, Moçambique, de 21 a 23 de abril de 2015, para refletir sobre as raízes, as manifestações e os impactos das mudanças climáticas sobre a África e sobre as respostas necessárias às crises.
A nova edição de “World Rivers Review”, uma revista da ONG International Rivers, inclui notícias sobre violações, em todo o mundo, contra os povos indígenas que defendem rios e direitos; uma reflexão sobre os desafios criados por se apresentarem as barragens como “soluções para a mudança climática”; e questiona o que significa um rio saudável a partir de diferentes perspectivas. Atualmente, nada menos do que 3.700 projetos hidrelétricos estão em construção ou em desenvolvimento em todo o mundo.
Pessoas podem estar expostas a níveis excessivos de agrotóxicos no trabalho e por meio do alimento, do solo, da água ou do ar. E com a contaminação de águas subterrâneas, lagos, rios e outros corpos de água, os agrotóxicos podem ainda poluir os suprimentos de água potável, peixes e outras fontes muitas vezes vitais para o bem-estar humano. O dossiê “Alerta sobre os Impactos dos Agrotóxicos na Saúde” é uma enorme contribuição na luta contra o silêncio.
Movimentos pela justiça com relação à água na Ásia se reuniram em Daegu, Coreia do Sul, para o Fórum Alternativo “Água para todos”, em 13 e 14 de abril, em uma luta comum para defender e concretizar nosso direito humano à água e mantê-la como parte dos bens comuns. O Fórum questionou “o modelo de privatização da água e sua transformação em negócio, que está sendo imposto ao sistema público de água da Coréia e de muitos outros países asiáticos.
Não se podem cultivar alimentos sem água. Na África, uma em cada três pessoas sofre com escassez de água, e a mudança climática piora as coisas. Os sofisticados sistemas de água nativos da África estão sendo destruídos pela concentração de terras em grande escala, em meio a alegações de que a água do continente é abundante, subutilizada e está pronta para ser aproveitada para a agricultura voltada à exportação.
O Fórum Social Africano, que acontece em Dacar, em outubro de 2014, lançou a Declaração contra a Concentração de Água e Terra, que afirma que “a concentração de terras sempre vem acompanhada de concentração de água”. Durante o Fórum Social Mundial de Túnis, em março de 2015, o diálogo que já havia entre grupos africanos continuou com movimentos e organizações do mundo todo, para ampliar essa convergência.
Três líderes indígenas foram emboscados por pistoleiros contratados por madeireiros e latifundiários, segundo denúncia do Conselho Indigenista Missionário (CIMI). As mortes seriam uma vingança pelas ações e medidas que as diferentes etnias no leste do Brasil vêm realizando nos últimos anos para erradicar o desmatamento em seus territórios.
Comunidades das bacias média e inferior do rio Madre Vieja, no Pacífico da Guatemala, estão sendo privadas de água por causa de barragens construídas por empresas envolvidas no cultivo de dendê e cana-de-açúcar. Moradores e comunidades organizadas – algumas delas pertencentes à Rede Internacional pelo Mangue – têm denunciado repetidamente que essas empresas estão usando, desviando e retendo água para suas grandes plantações.
Camponeses no norte de Moçambique estão lutando para manter suas terras e seus recursos hídricos à medida que governos e empresas estrangeiras avançam agressivamente para criar grandes projetos de agronegócio. Foi lançado o tão esperado Plano ProSavana para o desenvolvimento do agronegócio no Corredor de Nacala, inspirado no chamado desenvolvimento “bem sucedido” do agronegócio na região do Cerrado brasileiro.
Enquanto os acionistas da Socfin realizavam sua reunião geral anual no Hotel Bel-Air, em Luxemburgo, em 27 de maio, 300 pessoas de seis povoados afetados se reuniam para protestar contra o fato de a empresa não cumprir seus compromissos em Mondulkiri, no Camboja, e 250 representantes de 13 povoados afetados por sua plantação na Costa do Marfim também se mobilizavam.
Este ano, os incêndios florestais no sul do Chile foram muito agressivos, afetando milhares de hectares de floresta em três áreas protegidas na região de Araucanía, o sul do Chile. Diante disso, em 14 de abril, foi realizada uma marcha para denunciar a origem do problema: a expansão da indústria florestal.