Artigos de boletim

Em julho de 2002, o Banco Mundial publicou um "marco de referência" para seu envolvimento na proposta de construção da barragem Nam Theun 2. O documento explica como o Banco pretende decidir a respeito da aprovação -ou não aprovação- de um empréstimo de US$ 100 milhões como garantia, frente ao risco político da barragem proposta de 1.000 Mw.
O arquipélago filipino é extremamente rico tanto em diversidade cultural quanto em diversidade biológica. É um dos 12 países com megadiversidade biológica do mundo e possui mais de 127 grupos culturais.
As montanhas entre os rios Yenisei e Lena constituem uma das últimas áreas de floresta boreal ("taigá") não devastadas da Eurásia. Essa região é o hábitat de nativos caçadores e pastores, como os Evenki, Ket, Sel'kup, Sakha e Dolgan. Apesar dos colonizadores cossacos terem usado os rios Yenisei, Lena e o trecho inferior do rio Tunguska como rota principal para a dominação e integração do leste siberiano ao Império Russo no século XVII, o planalto central siberiano livrou-se da maior parte dos transtornos do industrialismo russo e soviético dos séculos XIX e XX.
A Coalizão Ambiental dos Povos Indígenas do Pacífico (Pacific Indigenous People's Environment Coalition, PIPEC pela sua sigla em inglês) realizou, durante o final de semana de 21 e 22 de setembro, um workshop sobre as Causas Subjacentes do Desflorestamento e a Degradação das Florestas. O novo Ministro da Preservação Ambiental de Nova Zelândia, Chris Carter, deu início ao workshop que teve representantes da maior parte das comunidades das nações do Pacífico que moram em Aotearoa (Nova Zelândia), conjuntamente com a representação Maori.
Os futuros resultados da Cúpula Mundial para o Desenvolvimento Sustentável (CMDS) e sua relação com o destino dos bosques do mundo são motivo de preocupação para numerosas organizações ambientais, sociais e de povos indígenas. A seguir, apresentamos um breve resumo dos principais assuntos que preocupam a algumas dessas organizações: * Aliança Mundial dos Povos Indígenas dos Bosques Tropicais
Dez anos atrás, em Rio de Janeiro, Brasil, a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Cúpula da Terra) deu início a um processo que se continua na próxima Cúpula Mundial para o Desenvolvimento Sustentável (CMDS), que se realizará em Johannesburgo, África do Sul, de 26 de agosto a 7 de setembro.
O bosque tropical é um dos ecossistemas mais diversos e ao mesmo tempo mais ameaçados do planeta. Embora os governos coincidiram no diagnóstico, fracassaram na aplicação de medidas internacionais e nacionais destinadas a assegurar sua conservação. Nesse contexto, é importante salientar certos temas fundamentais que é necessário assumir seriamente para que seja possível a conservação dos bosques.
  A lógica dos lucros das corporações está determinando o nosso futuro e o das gerações futuras, conformando o sistema internacional emergente, atualmente dominado por instituições que favorecem os interesses das corporações. O resultado mais evidente do atual processo de globalização (a privatização e desregulação) permitiram às corporações usurpar as bases naturais das quais depende a vida.
Diferentemente do que aconteceu com o Banco Mundial, as denúncias sobre os impactos do FMI nas florestas receberam, relativamente, pouca atenção. Não obstante, os empréstimos e políticas do Fundo Monetário Internacional (FMI) têm provocado vastos processos de desmatamento em países da África, América Latina e Ásia.
O Banco Mundial tem uma longa história de destruição de bosques. Da década dos 60 em diante, o Banco financiou projetos destrutivos em grande escala em países tropicais (desde grandes represas hidrelétricas até extensos sistemas de estradas) que, como resultado, deram origem a processos de deflorestamento generalizados.
Para dar maior lustre a suas credenciais verdes na Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável, o Banco Mundial pretende lançar a iniciativa de um novo fundo em Johannesburgo, destinado à promoção do comércio Norte-Sul de créditos de carbono, segundo as pautas do chamado "Mecanismo de Desenvolvimento Limpo"(1).
Em novembro de 2001, os ministros de comércio de 140 países reuniram-se em Doha, Qatar, para outorgar à Organização Mundial do Comércio (OMC) um novo mandato histórico que poderia intensificar a derrubada de florestas nativas, o esgotamento das pescarias, a queima de combustíveis fósseis, o uso de substâncias químicas tóxicas e a liberação de organismos modificados geneticamente.