Artigos de boletim

Os habitantes indígenas de Ruanda são os Twa, um povo "pigmeu" que originalmente vivia da caça e da colheita nas altas florestas em torno dos lagos da região de Albertine, na África Central, hoje território de Ruanda, Burundi, Uganda e República Democrática do Congo (RDC). Nalgumas partes da RDC, os Twa ainda podem ter uma existência baseada na floresta. Não obstante, na maior parte das outras regiões, os Twa tiveram que abandonar seu estilo de vida tradicional, pois suas florestas foram destruídas pela atividade madeireira, a lavoura e os projetos de "desenvolvimento".
Os Batwa (conhecidos como Pigmeus) são os povos indígenas que habitam o sudoeste da Uganda. Segundo os registros históricos e a tradição oral, os Batwa eram os únicos habitantes dessas terras, pelo menos até meados do século XVI. São principalmente caçadores e colhedores, alguns nas florestas montanhosas e outros nas florestas de savana, ou em ambientes lacustres.
Apesar de décadas de pressão sobre os sucessivos governos, para alcançar o pleno reconhecimento legal de seus direitos tradicionais de terra, em matéria de posse de terra, os 55 mil a 60 mil ameríndios da Guiana ainda estão numa das situações mais precárias da América do Sul: muitas comunidades não possuem nenhum tipo de título legal de terra, ao passo que outras apenas têm um título incerto, cobrindo apenas uma parte de seu território ancestral e podendo ser revogado, mais dia, menos dia, de forma unilateral pelo Ministério de Assuntos Ameríndios.
No mês de dezembro de 2000, a empresa Pluspetrol, sediada na Argentina, ganhou a concessão de extração de gás natural da bacia de Camisea, no sudeste peruano. Não obstante, a intenção da Pluspetrol, de realizar operações sísmicas e de perfuração dentro da reserva federal dos Nahua/Kugapakori, deu início a uma controvérsia, devido aos impactos potenciais que seriam sofridos pelos habitantes indígenas que moram nessa área, em isolamento voluntário e em fase inicial de interação com a sociedade nacional.
As empresas madeireiras chinesas são uma presença relativamente nova na América do Sul. No Suriname, pelo menos duas delas estão operando desde 1997. A amplamente divulgada proibição de derrubada dentro da China, em parte motivada pelas devastadoras enchentes provocadas pela perda de florestas, é uma das razões obvias para a internacionalização da atividade madeireira chinesa.
O rio Caura, na Venezuela, é o afluente mais comprido do Orinoco ainda não poluído ou dividido, em que não foram construídas represas nem foi desviado para a mineração, construção de estradas, atividade madeireira e projetos de desenvolvimento em grande escala. Nos trechos superiores, têm residência dois grupos étnicos, "indígenas amazônicos". Um desses grupos é o Ye'kwana, uma nação com tradição altamente desenvolvida de revezamento de cultivos e construção de grandes moradias coletivas em forma de cone, habitando nessa área pelo menos por tanto tempo quanto as crônicas podem relatar.
Desde a queda da ditadura de Suharto, em 1998, uma intensa luta a nível nacional, pelo reconhecimento dos direitos indígenas, eclodiu na Indonésia. Personificado na Alianzi Masyarakat Adat Nusantara (AMAN - Aliança dos Povos Governados pela Tradição do Arquipélago), esse movimento reclama o reconhecimento dos direitos dos povos indígenas sobre suas terras, assim como o direito de um governo autônomo. Baseado no reconhecimento constitucional da adat (tradição), o movimento procura devolver às comunidades o poder perdido para o Estado nas reformas centralizadoras das décadas de 1960 e 1970.
Em julho de 2002, o Banco Mundial publicou um "marco de referência" para seu envolvimento na proposta de construção da barragem Nam Theun 2. O documento explica como o Banco pretende decidir a respeito da aprovação -ou não aprovação- de um empréstimo de US$ 100 milhões como garantia, frente ao risco político da barragem proposta de 1.000 Mw.
O arquipélago filipino é extremamente rico tanto em diversidade cultural quanto em diversidade biológica. É um dos 12 países com megadiversidade biológica do mundo e possui mais de 127 grupos culturais.
As montanhas entre os rios Yenisei e Lena constituem uma das últimas áreas de floresta boreal ("taigá") não devastadas da Eurásia. Essa região é o hábitat de nativos caçadores e pastores, como os Evenki, Ket, Sel'kup, Sakha e Dolgan. Apesar dos colonizadores cossacos terem usado os rios Yenisei, Lena e o trecho inferior do rio Tunguska como rota principal para a dominação e integração do leste siberiano ao Império Russo no século XVII, o planalto central siberiano livrou-se da maior parte dos transtornos do industrialismo russo e soviético dos séculos XIX e XX.
A Coalizão Ambiental dos Povos Indígenas do Pacífico (Pacific Indigenous People's Environment Coalition, PIPEC pela sua sigla em inglês) realizou, durante o final de semana de 21 e 22 de setembro, um workshop sobre as Causas Subjacentes do Desflorestamento e a Degradação das Florestas. O novo Ministro da Preservação Ambiental de Nova Zelândia, Chris Carter, deu início ao workshop que teve representantes da maior parte das comunidades das nações do Pacífico que moram em Aotearoa (Nova Zelândia), conjuntamente com a representação Maori.
Os futuros resultados da Cúpula Mundial para o Desenvolvimento Sustentável (CMDS) e sua relação com o destino dos bosques do mundo são motivo de preocupação para numerosas organizações ambientais, sociais e de povos indígenas. A seguir, apresentamos um breve resumo dos principais assuntos que preocupam a algumas dessas organizações: * Aliança Mundial dos Povos Indígenas dos Bosques Tropicais