Artigos de boletim

O Professor Ove Nilsson é a estrela da pesquisa de árvores geneticamente modificadas na Suécia. Nilsson e sua equipe de pesquisa no Umeå Plant Science Centre ganharam a corrida para identificar o gene que controla a florescência, permitindo-lhes produzir árvores geneticamente modificadas que florescem em semanas em vez de em anos. Em 2005, a revista Science a declarou como uma das mais importantes descobertas do ano.
Um novo relatório da ONG alemã Urgewald sobre os impactos sociais e ambientais da indústria celulósica já está disponível. O relatório “Banks, Pulp and People – A Primer on Upcoming International Pulp Projects” (“Bancos, Celulose e Povos- Uma cartilha sobre os projetos celulósicos internacionais a serem apresentados”), elaborado por Chris Lang, descreve os impactos da indústria, analisa o histórico das empresas envolvidas e observa as novas expansões no setor.
A Stora Enso e Aracruz mais uma vez usam do seu poder econômico para enganar e iludir. Além de enganar e iludir o povo brasileiro, agora chegou a vez de enganar e iludir a sociedade do Norte com o objetivo de aumentar o preço de seus produtos, aumentar as vendas e conseqüentemente os lucros! Com essa intenção, a empresa de celulose, Veracel, se candidatou voluntariamente à certificação FSC e buscou como certificador a SGS ICS, com sede em São Paulo.
Com este número, o boletim do WRM completa 10 anos. Este aniversário oferece uma oportunidade para tornarmos visíveis às inúmeras pessoas que, de um jeito ou de outro, têm possibilitado a edição- mês a mês e ano após ano- deste boletim.
Na Bolívia se abriu um espaço para debater as problemáticas e a visão da Amazônia boliviana e devolver aos povos indígenas a dignidade que a conquista lhes roubou.
Neste ano, na COP13 em Bali, o grupo de trabalho sobre a redução do desmatamento tropical deve informar. Espera-se, das discussões realizadas até agora, que as propostas baseadas no programa de Pagamentos por Serviços Ambientais da Costa Rica (serviços facilitados pelas florestas tais como sequestro de carbono, sustentabilidade da biodiversidade e alimentação do ciclo de chuvas) sejam recomendadas em uma nova proposta de política, conhecida informalmente como “desmatamento evitado”.
Ao tempo que continua aumentando a promoção dos agrocombustíveis- mal chamados biocombustíveis- e a instalação de mais e mais plantações nos países do Sul para produzi-los, muitas são as vozes de representantes do Norte e do Sul que denunciam seus impactos e tentam influenciar aqueles que tomam as decisões para promovê-los. Uma das decisões, que já está gerando um considerável aumento da produção de agrocombustíveis, é a adotada pela União Européia que estabelece como objetivo para 2020 que 10% do combustível usado para transporte seja agrocombustível.
A corrida por agrocombustíveis chegou ao Benin. Com forte apoio do governo e como peça chave da “estratégia de renovação agricultural” promovida pelo programa de reestruturação do FMI, milhões de hectares de terras florestais e agriculturais estão destinadas à produção de agrocombustíveis para a exportação, sem qualquer discussão nem preocupação pelos impactos que isso terá sobre os beninenses, sua produção alimentar e seu meio ambiente.
Os povos indígenas das florestas tropicais da África Central vivem espalhados por toda a região sendo seus grupos identificados por nomes diversos. No total, trata-se de 300.000 a 500.000 integrantes de comunidades que pertencem a vários grupos étnicos caracterizados por sua baixa altura e que são identificados sob o nome genérico de “pigmeus” (vide Boletim Nº 119 do WRM).
Em 27 de abril de 2007, depois de uma visita à Amazônia, o Presidente da República Ec. Rafael Correa decretou a proibição de extração de madeira na área devido à iminente desaparição das florestas nativas do país. Apesar desta declaratória, a extração de cedro no interior do Parque Nacional Yasuní (PNY) e na Zona Intangível continua incontrolável.
Em 2002, conforme o Tenth Plan (Plano Decenal), o governo indiano fixou o objetivo nacional de ter 33 porcento da área geográfica do país sob “ cobertura verde” até 2012. Inclusive, o plano foi apresentado como parte do compromisso da Índia com o Objetivo do Milênio sobre sustentabilidade ambiental. Contudo, trata-se de uma invasão industrial das terras florestais destinadas a plantações de árvores.
Desde o ano 2000, o dia 26 de julho tem se tornado data mundial de comemorações em favor dos manguezais. O assunto deste ano se intitula “Em nome das Comunidades Indígenas e Tradicionais e da Soberania Alimentar.”