Artigos de boletim

Os Enawene Nawe- uma pequena tribo amazônica de uns 420 integrantes que vivem da pesca e coleta no Estado do Mato Grosso, Brasil- são um povo relativamente isolado que foi contatado pela primeira vez em 1974. Plantam mandioca e milho em hortas e coletam produtos florestais- por exemplo, mel-, mas seu principal sustento provém da atividade pesqueira. O peixe é uma parte vital de sua alimentação já que é uma das poucas tribos que não comem carne vermelha.
As terras próximas do limite sul do parque nacional Mount Elgon são verdes e os solos vulcânicos são férteis. Mas depois de ter sido declarado parque nacional em 1993 tem estourado, no local, um conflito, por vezes violento, entre os moradores e a administração do parque nacional.
Os biocombustíveis estão na moda entre os fabricantes de automóveis e políticos que estão ansiosos por ser considerados “verdes” sem abordarem diretamente o problema das crescentes emissões produzidas pelo transporte. A badalação chegou em cheio à UE. No dia 10 de janeiro, a Comissão Européia apresentou seu novo anteprojeto de biocombustíveis e energia, que pode ser resumido em poucas palavras: notícias ruins para o clima e para a população.
A atual avidez da União Européia para favorecer o uso e importação de biocombustível como uma alternativa dos combustíveis fósseis tem causado sérias preocupações entre aquelas pessoas que são conscientes de que o aquecimento global deveria ser abordado globalmente e precisa mudanças drásticas nos padrões de consumo, comerciais e de produção ocidentais.
O afastado e ambientalmente rico vale de Hugawng no Estado de Kachin no norte da Birmânia tem sido reconhecido internacionalmente como um dos hotspots de biodiversidade do mundo. Até permaneceu sem ser tocado pelo regime militar da Birmânia até a metade da década de 90.
Em 15 de dezembro de 2006, o governo colombiano divulgou sua decisão de reiniciar atividades de exploração petroleira nos Blocos Sirirí e Catleya, localizados nos departamentos de Arauca, Santander, Norte de Santander e Bocayá, no nordeste do país, que estão dentro do território dos U'wa.
Costa Rica tem sido desenvolvida como uma economia orientada às exportações, sem independência política ou econômica. A pressão das exportações sobre os recursos pelo sistema mundial resultou em grande desigualdade. Desde o Protocolo de Kyoto, os neoliberais têm redefinido as florestas como 'geradoras de oxigênio', um conceito que a Costa Rica tem adotado. Neste quadro, as comunidades locais, especialmente as que vivem nas florestas tropicais e que dependem para a sobrevivência do que as florestas providenciam, têm visto seu sistema de suporte básico minado.
Há dois dias, quando o presidente Rafael Correa afirmou que os ambientalistas queríamos voltar à época das cavernas ao pretendermos uma moratória petroleira, não fazia mais que repetir o que, durante anos, têm dito aqueles que moldaram e ainda mantêm o país dependente que temos… O problema foi que desta vez a declaração foi feita enquanto a imprensa internacional dava um grito de alerta pelo aquecimento global… se queimarmos mais petróleo, acabaremos nas cavernas!! Além de ser um comentário tipicamente desenvolvimentista, convida a lembrar o mito da caverna de Platão.
A aprovação da Lei de Tribos Catalogadas e Outros Habitantes Tradicionais das Florestas (Reconhecimento dos Direitos sobre as Florestas), de 2006, constitui um marco na difícil e prolongada luta dos Adivasis e outros habitantes da floresta do país. Pela primeira vez na história das florestas indianas, o Estado admite formalmente os direitos que têm sido negados aos habitantes da floresta durante muito tempo, e a nova lei florestal procura não apenas emendar a “injustiça histórica” como também dar às comunidades florestais um papel prioritário no manejo das florestas.
O Mali está recebendo nestes dias mais de 500 mulheres e homens de uma centena de países do mundo inteiro, que se reúnem ao redor do “Nyeleni 2007: Fórum pela Soberania Alimentar". O objetivo do encontro é colocar em marcha um "movimento internacional para atingir o verdadeiro reconhecimento do direito à soberania alimentar", reafirmá-lo e "precisar suas implicações econômicas, sociais, ambientais e políticas”.
Desde sua fundação, há 20 anos, o Movimento Mundial pelas Florestas Tropicais (WRM) tem defendido os esforços de baixo para cima para proteger as florestas do mundo do desenvolvimento destruidor e do planejamento de cima para baixo. Opomo-nos às 'soluções' impostas à crise das florestas do mundo que excluem as comunidades locais, os povos indígenas, as mulheres e os oprimidos, negando-lhes uma voz e direitos para forjar seus próprios destinos.
Desde sua fundação, há 20 anos, o Movimento Mundial pelas Florestas Tropicais (WRM) tem defendido os esforços de baixo para cima para proteger as florestas do mundo do desenvolvimento destruidor e do planejamento de cima para baixo. Opomo-nos às 'soluções' impostas à crise das florestas do mundo que excluem as comunidades locais, os povos indígenas, as mulheres e os oprimidos, negando-lhes uma voz e direitos para forjar seus próprios destinos.