Artigos de boletim

Se a luta pelos 11.009 hectares de terras indígenas dos Tupiniquins e Guaranis, em mãos da maior exportadora de celulose de eucalipto do mundo, a Aracruz Celulose, já tem sido um grande desafio, a re-ocupação deste território e a reconversão do eucalipto existente na área para um outro uso da terra talvez sejam desafios ainda maiores.
Por mais de uma década o WRM tem estado coletando, produzindo e difundindo informação e análise sobre os impactos sociais e ambientais das plantações de madeira rápida (“fast wood”), caracterizadas como monoculturas de árvores em grande escala, de rápido crescimento.  Ao mesmo tempo, temos estado enfatizando que essas plantações não deveriam ser certificadas, e nos focalizamos no Conselho de Manejo Florestal (FSC), sendo esse o esquema que certifica a maioria dessas plantações.
A empresa Veracel Celulose- propriedade da sueco-finlandesa Stora Enso e da noruego-brasileira Aracruz Celulose- iniciou o processo para obter a certificação FSC de suas plantações de eucalipto no Extremo Sul do Estado da Bahia, e para isso contratou a consultora SGS.
Nesta semana, o Parlamento tasmaniano vai debater sobre a fábrica de celulose proposta pela Gunns em Bell Bay na Tasmânia. Se for construída, o projeto de USD 1,4 bilhões precisaria quatro milhões de toneladas de troncos ao ano. Dobraria a taxa atual da Gunns de corte rente nas florestas nativas da Tasmânia. A fábrica de celulose produziria grandes volumes de toxinas, poluindo o ar e o Estreito de Bass da Tasmânia.
Vinte e duas mulheres provenientes de todas as províncias de Kalimantan e Sumatra se reuniram em Bogor, de 22 a 24 de maio, a fim de discutirem os efeitos que as plantações de dendezeiros produziram nas suas vidas. Mulheres e desenvolvimento Por que as mulheres? É óbvio que as mulheres indonésias têm sido marginalizadas pelo processo de desenvolvimento, que inclui o estabelecimento de plantações de dendezeiros em grande escala.
As plantações de dendezeiros em grande escala têm resultado serem um desenvolvimento muito nocivo para os povos locais na Papua Nova Guiné, e especialmente para as mulheres, para as que têm envolvido mudanças dramáticas em suas vidas, trabalho, segurança e saúde. (ver Boletim Nº 120 do WRM).
As atividades madeireiras da Omex Industry Limited em terras Boloboe, na ilha Vella La Vella, província ocidental do país, têm sido por muito tempo objeto de disputas e batalhas legais. No último fim de semana de finais de julho ocorreu uma tragédia.
Já foi comprovado que a atividade madeireira nos países do Sul pode gerar enormes verbas de exportação para os governos e importantes lucros para as empresas, mas para as comunidades locais tem tido uma face ruim ao espalhar penúrias sociais e ambientais por toda parte (vide Boletim do WRM Nº 34)
Convidados pela organização Justiça e Paz, nós e um grupo de observadores tivemos a oportunidade de visitar uma área da Colômbia (Curvaradó) onde, as comunidades locais que, há uns dez anos, sofreram um violento processo de expulsão, agora estão voltando a seus territórios.
O Professor Ove Nilsson é a estrela da pesquisa de árvores geneticamente modificadas na Suécia. Nilsson e sua equipe de pesquisa no Umeå Plant Science Centre ganharam a corrida para identificar o gene que controla a florescência, permitindo-lhes produzir árvores geneticamente modificadas que florescem em semanas em vez de em anos. Em 2005, a revista Science a declarou como uma das mais importantes descobertas do ano.
Um novo relatório da ONG alemã Urgewald sobre os impactos sociais e ambientais da indústria celulósica já está disponível. O relatório “Banks, Pulp and People – A Primer on Upcoming International Pulp Projects” (“Bancos, Celulose e Povos- Uma cartilha sobre os projetos celulósicos internacionais a serem apresentados”), elaborado por Chris Lang, descreve os impactos da indústria, analisa o histórico das empresas envolvidas e observa as novas expansões no setor.