Estes são momentos fundamentais de votação sobre biocombustíveis nas diversas comissões do Parlamento Europeu, com discussões em curso no Conselho. Mais de 100 organizações (incluindo uma série de coalizões que representam muitos outros grupos) assinaram uma Carta Aberta a quem toma decisões sobre política de biocombustíveis da UE – e de todos os continentes.
Artigos de boletim
Depois do anúncio do presidente do Equador, de que vai realizar uma avaliação para a coleta de verbas do projeto Yasuní – ITT, com um interesse claro na exploração de petróleo, a iniciativa Guardiões do Yasuní convocou uma vigília em defesa da floresta. E declarou: “O Sumak Kawsay (bem viver) é possível sem o petróleo, como demonstrou a grande diversidade de vida no Yasuní, junto com os povos milenares que souberam coexistir com ela. Não há preço que pague a destruição dessa parte do paraíso equatoriano. O país e o mundo já decidiram: queremos o petróleo que está no subsolo do Yasuní”.
No dia 6 de junho, a Comissão Regional dos Atingidos pelo Deserto Verde organizou na cidade de Imbaú no estado de Paraná, o 1º. Seminário sobre a Violação de Direitos Humanos e as plantações industriais de eucaliptos na região de Telêmaco Borba.
O novo “desenvolvimento sustentável” se chama “economia verde”, algo que funcionará a partir de um “crescimento verde”. Principalmente desde a Rio+20, a ONU e governos nacionais tentam deixar transparecer aos povos do mundo um renovado compromisso com uma política responsável em relação ao meio ambiente e ao futuro do planeta. Chamar tal política de “verde”, uma cor associada à natureza, soa bem. Mas, por ser verde, será que esta política se preocupa também com a biodiversidade? Será que nossa “economia verde” do futuro será também uma “economia biodiversa”?
A WOCAN lançou o Women’s Carbon Standard, ou Padrão de Carvão para as Mulheres, promovendo “lavagem de gênero” em um mecanismo que desde o início foi uma falsa solução, e que prejudica os direitos das mulheres, aumenta sua exposição aos impactos das alterações climáticas e agrava a injustiça.
A Amazônia peruana abarca 61% da superfície do país, ocupando a quarta posição mundial em tamanho de floresta tropical. Por ter essa grande área florestal, o Peru também é um país extremamente biodiverso, ocupando, por exemplo, o quinto lugar do mundo em diversidade de plantas, com cerca de 25 mil espécies registradas.
O desmatamento foi e ainda é um flagelo violento, com causas visíveis e ocultas. Uma das causas mais destacadas e visíveis do desmatamento na África é o duo entre suborno e corrupção, que há muito infecta o setor florestal no continente. Muitos esforços e muito dinheiro têm sido dirigidos à reforma das leis e ao reforço do Estado de direito nos países produtores – mas eles têm fracassado.
Em fevereiro de 2013, a Rainforest Foundation UK lançou um novo relatório acerca dos impactos existentes, mas, acima de tudo, esperados, que terão as grandes plantações de dendê na Bacia do Congo sobre as florestas e as populações locais. Megaprojetos que cobrem meio milhão de hectares e envolvem diferentes empresas e países da Bacia estão em andamento e implicarão a quintuplicação das monoculturas industriais de dendê na região.
No dia 10 de maio de 2013, em Montevidéu, Uruguai, aconteceu a 4º Grande Marcha Nacional em Defesa da Terra, da Água e da Vida, com participação de aproximadamente 20.000 pessoas sob a palavra de ordem “De todas as partes, marcham. O Uruguai é natural”.
De 26 maio a 1º junho, ocorreu a conferência International Tree Biotechnology 2013, em Asheville, Carolina do Norte, Estados Unidos. A conferência é uma reunião de defensores de árvores geneticamente modificadas e cientistas que trabalham com o tema. A Campanha para acabar com as Árvores Transgênicas, junto com as organizações Join Earth First! e Global Justice Ecology Project, tinha chamado a resistir à conferência e realizou uma semana de resistência às árvores geneticamente modificadas.
Em 2 de maio, cerca de 200 povos indígenas, comunidades ribeirinhas e pescadores se uniram em um momento histórico de unidade e luta pela Amazônia e seus povos, no canteiro de obras Pimental, da usina de Belo Monte, cuja área desocuparam alguns dias mais tarde, e ocuparam novamente no dia 27 de maio, acusando o governo de não cumprir com suas promessas. Eles exigem que o Governo Federal defina com clareza a regulamentação da consulta prévia e informada aos povos indígenas e suspenda imediatamente todas as obras e os estudos relacionados às barragens nos rios onde eles vivem.
Os huaoranis, último grupo conhecido dos povos indígenas que ainda vivem em isolamento voluntário na região amazônica do Equador conhecida como Parque Nacional e Reserva da Biosfera Yasuni, são ameaçados pela invasão de projetos de exploração de petróleo, colonos e madeireiros ilegais.