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Toda vez que o Banco Asiático de Desenvolvimento (ADB, em inglês) financia um projeto, ele cria um problema para o governo que recebe o empréstimo. O projeto deve produzir dinheiro, para que o governo possa pagar o empréstimo ao Banco. Isso parece um conceito simples em economia, mas quando o Banco outorga empréstimos para projetos de exploração florestal, a floresta deve gerar lucro. A forma mais fácil de fazer com que a floresta vire lucro é derrubar as árvores. Os impactos sociais e ambientais dessa ação, com freqüência, são devastadores.
Em fevereiro deste ano, o Banco Mundial aprovou a nova Estratégia do Setor de Recursos Hídricos (WRSS, em inglês). Conforme reza a estratégia, o Banco não deve se deixar impressionar por seus críticos, devendo incrementar decididamente o financiamento para grandes represas e demais megaprojetos hídricos.
Você já viu o filme "Ghostbusters"? Graças à magia do cinema, esta história boba, talvez filha do cérebro de um jovem supersticioso, chegou na tela grande. Muitas crianças e alguns adultos até poderiam ainda acreditar por um momento que os fantasmas existem. Isto é muito semelhante ao que aconteceu na Nova Zelândia no "Encontro de Peritos em Florestas Plantadas".
A imaginação dos tecnocratas parece não ter limite. O senso comum deles, no entanto, dá a impressão de estar extremada e crescentemente debilitado. Nós, como pessoas atrasadas que somos, ficamos continuamente surpresos com suas brilhantes idéias, e até chegamos a duvidar, de forma nada científica, de sua saúde mental. É o caso do Dr. Klaus Lackner, físico da Universidade de Columbia, quem inventou uma árvore artificial que, segundo ele, é muito melhor do que a obviamente limitada árvore de verdade.
Para os governos e a sociedade civil comprometidos com o fim da mudança climática e a redução das emissões de combustíveis fósseis na fonte, os últimos acontecimentos relacionados com o Fundo para Biocarbono devem parecer preocupantes. A abordagem de "duas janelas" do Fundo visa reabrir a porta aos créditos de sumidouros de carbono provenientes de projetos de conservação, apesar dos governos terem excluído explicitamente a possibilidade dos países industrializados usarem os créditos desse tipo de projetos para atingir as metas de redução das emissões, no marco do Protocolo de Kioto.
Ao tempo em que os governos da 7ª. Conferência das partes da Convenção de Mudança Climática (COP7) realizada em Marrakech em 2001, acordavam os últimos pontos da decisão que transformava os sumidouros de carbono em elegíveis para créditos conforme o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) do Protocolo de Kioto, um grupo de ONGs formava a SinkWatch, uma iniciativa para o seguimento e controle de projetos de sumidouros de carbono relacionados com o Protocolo de Kioto.
No boletim n° 64 do WRM (novembro de 2002), incluímos um artigo (Brasil: pesquisa questiona certificação de duas plantações pelo FSC) que resume os resultados de uma pesquisa realizada no estado de Minas Gerais. O relatório na íntegra (cuja versão original está em português) foi traduzido para o espanhol e o inglês e estão disponíveis, respectivamente, em: http://www.wrm.org.uy/paises/Brasil/fsc.html http://www.wrm.org.uy/countries/Brazil/fsc.html
A Área de Livre Comércio das Américas (ALCA) é um pacto de livre comércio e investimento que está sendo negociado entre os governos da América do Norte, América Central, América do Sul e o Caribe, com exceção de Cuba. O modelo é o mesmo do Tratado de Livre Comércio da América do Norte (TLCAN) entre os Estados Unidos, Canadá e México. O objetivo da ALCA é criar uma área de livre comércio e investimento, do norte do Canadá ao extremo sul do Chile.
No dia 30 de outubro, a Diretoria Executiva do Banco Mundial aprovou uma nova Política para Florestas. Depois de um dos processos de consulta mais longos e polêmicos da história do Banco, após dois dias de intensos debates sem precedentes até hoje, a política revisada foi aceita, apesar das objeções de alguns governos. Embora ainda esteja faltando a promulgação do texto final dessa política, os elementos principais são claros.
Num release recentemente emitido, o FSC do Reino Unido afirma que a etiqueta do FSC na madeira e nos produtos de madeira oferece ao público uma "garantia de que a madeira utilizada é oriunda de florestas manejadas segundo as normas ambientais, sociais e econômicas mais exigentes", e que "toda pessoa que comprar produtos certificados pelo FSC estará ajudando a garantir um futuro mais certo para as florestas da Terra e os povos e a fauna que delas dependem".
A Convenção Ramsar de Banhados, firmada na cidade de Ramsar, Irã, em 1971, começou a vigorar em 1975. Ramsar é o único pacto relativo ao meio ambiente que trata de um ecossistema específico: o banhado. Como reconhece a própria Convenção Ramsar, o banhado cumpre funções ecológicas essenciais, como regulador dos regimes hidrológicos e como hábitat de uma riquíssima biodiversidade, constituindo um recurso de grande relevância econômica, cultural, científica e de recriação que deve ser preservado.
Segundo a Agência Dinamarquesa de Proteção da Informação, a ONG ambientalista Nepenthes não pode aconselhar os consumidores dinamarqueses a não comprar em lojas onde corram o risco de adquirir móveis de jardim cuja fabricação tenha contribuído para a destruição de florestas tropicais.