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Nas alturas dos Andes peruanos está sendo levada a cabo uma iniciativa única de conservação a cargo de indígenas, que procura preservar a grande variedade de batatas domésticas, que são um dos elementos mais importantes da biodiversidade da região. O “Parque da Batata” foi uma idéia de uma organização gerida por indígenas, denominada “Asociación Andes” (Associação Cultural Quíchua – Aimará - ANDES) e está sendo implementado por uma associação de seis povoados quíchua nas montanhas ao sul de Pisac no Vale Sagrado dos Incas.
Tombado pela Unesco como Patrimônio Natural da Humanidade em 1997, o Sundarban é o maior mangue não fragmentado do mundo. Hoje, no entanto, ele está prestes a ser destruído (ver os boletins 44, 66 e 72 do WRM), apesar da firme e ousada resistência – inclusive, até à morte – da população local à ação destrutiva de negócios que só visam ao lucro, principalmente da indústria de criação do camarão (ver o boletim 51 do WRM), bem como das atividades de exploração das companhias de petróleo e gás (ver os boletins 15 e 72 do WRM).
O Parque Nacional Kayan Mentarang, localizado no interior de Kalimantan Oriental, no Bornéu indonésio, limita com Sarawak, no oeste, e com Sabah, no norte. Com 1,4 milhão de hectares assim declarados, é a maior área de floresta tropical protegida do Bornéu e uma das mais vastas do sudeste asiático.
As Filipinas são consideradas um dos países mais ativos e progressistas da Ásia em termos de políticas e leis que reconhecem os direitos dos povos indígenas e garantem sua participação na tomada de decisões e no manejo das áreas protegidas. No entanto, são os próprios povos indígenas os que estão procurando o caminho adequado para garantir a conservação e o respeito por seus direitos.
Jordan Ryan, diretor, no Vietnã, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), está muito interessado no desenvolvimento sustentável. Em maio de 2002, foi lançada publicamente uma parceria entre agências de ajuda, ONGs e ministérios do governo, para proteger o meio ambiente no Vietnã. Nessa ocasião, Ryan anunciou que: “Se formos bem-sucedidos, um dia se dirá desta nova parceria que ‘fez do desenvolvimento sustentável uma realidade no Vietnã’”.
Duas pequenas traças estão sendo motivo de confronto social e ambiental na Nova Zelândia. Em West Auckland, as pessoas e o meio ambiente estão sendo submetidos a pulverização aérea com perigosas substâncias químicas, com o objetivo de proteger as plantações de pinheiro contra o ataque de uma traça (Teia anartoides). Em South Auckland, as plantações de eucalipto estão sofrendo o ataque de uma outra traça (Uraba lugens), e ainda não se sabe se será aplicado um defensivo agrícola para a combater.
Às vezes, é preciso juntar muitas peças pequenas para poder reconhecer a figura completa. No caso do demorado debate sobre os benefícios e desvantagens dos projetos de sumidouros de carbono ligados ao Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) do Protocolo de Kyoto, muitos ainda querem visualizá-los como a fonte de financiamento longamente esperada para projetos em pequena escala de restauração de florestas geridas pela comunidade.
O que tem de errado que uma empresa queira um selo verde para seu "manejo florestal sustentável" e créditos por plantar árvores que ajudem a enxugar o carbono da atmosfera? Potencialmente, muito, em especial, se considerarmos que ambas as pretensões são bastante duvidosas, como indica a cobertura sobre a empresa brasileira Plantar S.A. feita pelo WRM em seu boletim.
O período colonial da história da África do Sul deixou como herança uma mentalidade que fomenta a exploração de tudo quanto possa ser extraído da terra e exportado para satisfazer a voracidade das indústrias e consumidores do primeiro mundo. Esse foi o motor do imperativo colonial da Inglaterra, Portugal, França e Espanha nos séculos passados, e embora tenha havido transformações políticas nos países africanos antes colonizados, as forças econômicas, em grande parte, continuam sendo as mesmas.
Em agosto de 1996, as autoridades do governo da Tanzânia, junto com uma empresa canadense chamada Kahama Mining Corporation Ltd (KMCL), desalojaram à força de suas terras mais de 400 mil mineiros artesanais, camponeses, pequenos comerciantes e suas famílias, numa área chamada Bulyanhulu, na região de Shinyanga, no centro-oeste da Tanzânia. Nesse momento, a KMCL era uma subsidiária de propriedade total da Sutton Resources, uma empresa sediada em Vancouver, Canadá.
A mineração é uma das atividades mais lucrativas da Indonésia, mas, ao mesmo tempo, está destruindo recursos naturais de que dependem o sustento e a saúde de dezenas de milhões de indonésios da cidade e do campo. Entre esses recursos, estão as outrora vastas florestas do arquipélago, cuja destruição é hoje muito mais acelerada do que antigamente.
No leste da Tailândia, as minas de chumbo estão matando comunidades étnicas e poluindo as fontes de água no complexo do Santuário de Fauna e Flora Thung Yai Naresuan, declarado Patrimônio da Humanidade.