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Um documentário da Land Justice for West Africa mostra como as comunidades ogonis, já muito afetadas pela indústria do petróleo no delta do Níger, agora estão perdendo seus territórios para uma plantação de banana. Apesar da oposição de milhares de pequenos agricultores, o governo do estado de Rivers pretende se apropriar de mais de 2.000 hectares de terras ancestrais das comunidades ogonis e as entregar a uma empresa privada registrada no México, para uma plantação comercial de bananas.
O coletivo de coordenação da Via Campesina no estado de Pará, no Brasil, fez o esforço de colocar em livro as lutas que acontecem no tempo político amazônico e também suas iniciativas organizadas. Além de uma introdução sistematizada com enfoque nas ideias sobre o campesinato e o novo lugar que ele ocupa nos debates de conceitos históricos, há um duelo de perspectivas com o imperialismo ecológico ambiental.
O livro Money Logging, recém-lançado, documenta a política local, a cumplicidade internacional e a resistência representada pela luta contra a transformação das florestas tropicais de Sarawak em monocultura de dendezeiros e barragens hidrelétricas.
Este documentário do jornal Resumen aborda a origem e as consequências da expansão da indústria de plantações de árvores no centro-sul do Chile. As plantações vêm se expandindo muito no país, em enormes proporções, e chegam a abarcar uns 3 milhões de hectares, afetando seriamente não apenas o meio ambiente, mas também as populações locais. As secas geradas pelo monocultivo também vêm ocasionando incêndios florestais. Muitas comunidades já conseguiram se desligar das empresas e fazer manejo e uso local das florestas.
A crescente demanda global por óleo de dendê e o espaço limitado para a expansão da indústria na Ásia levaram grandes produtores a voltar seus olhos à África. As empresas também estão apostando em uma explosão na demanda pelo produto como combustível “sustentável” na União Europeia, e a África é a região produtora mais próxima. Faixas de terra foram alocadas a empresas estrangeiras para plantações de dendezeiros.
As plantações de dendezeiros em Palawan, como em outros lugares das Filipinas, são apresentadas como solução fundamental para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e como ferramenta para a erradicação da pobreza. No entanto, a realidade mostra um quadro diferente. Um relatório da Ancestral Land/Domain Watch (ALDAW) explica as muitas razões pelas quais as plantações de dendê devem ser interrompidas. Entre outras, essa monocultura toma conta das lavouras e dos coqueirais que sustentam a autossuficiência local.
JAMBI-INDONESIA: A farmer and environmental defenders activist murdered by Security Force of PT. WKS (Wirakarya Sakti), a subsidiary of APP (Asia Pulp and Paper – Sinar Mas Group).
Quanto vale a natureza? Quanto ela pode aportar? Em uma época em que se teme o pior para a biodiversidade, este documentário revela como bancos e investidores privados convertem cada vez mais os recursos naturais em objetos de especulação. La naturaleza, nuevo paraíso financiero, mostra os mecanismos de um sistema nascente que pode vir a ser uma manifestação de hipocrisia mundial.
Há séculos, o povo rama vive na costa caribenha da Nicarágua. Em junho de 2013, o governo assinou um contrato de exclusividade com uma empresa de desenvolvimento sediada em Hong Kong, para construir um imenso canal atravessando o país, com uma concessão de 100 anos. A rota proposta cruzará quase um milhão de hectares de floresta e zonas úmidas e desalojará centenas de povoados, incluindo o povoado rama de Bangkukuk. Descumprindo-se leis nacionais e convenções internacionais, o povo rama nunca foi consultado.
A União de Afetados e Afetadas pelas Operações Petrolíferas da Texaco (UDAPT) vem lutando há mais de 20 anos para forçar a Chevron-Texaco a pagar pela contaminação devastadora que causou na Amazônia equatoriana e assumir a responsabilidade por suas ações. As diferentes iniciativas lançadas pela UDAPT em diferentes países estão perto de atingir seu objetivo. Para chegar lá, a UDAPT precisa de mais verbas, e pede às pessoas para tuitar a mensagem: “RT! Crowdfundingpelos afetados pela Chevron no Equador!
De 8 a 11 de dezembro, aconteceu a Cúpula dos Povos em oposição às falsas soluções sobre o clima da ONU, em Lima, Peru. Enquanto rejeita os processos de privatizar e financeirizar a natureza, a Cúpula exige “o reconhecimento da propriedade territorial das comunidades que tradicionalmente têm vivido em suas terras”. Além disso, rejeita firmemente “o controle externo dos territórios e os processos de negociação e implementação das falsas soluções ao clima”.