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As plantações de eucalipto, pinheiro, acácia, gmelina, teka e dendezeiro têm se tornado um grave problema social e ambiental. Do ponto de vista da biodiversidade, elas eliminam a maioria das plantas autóctones e quase não fornecem alimento para a fauna. Algumas espécies de árvores utilizadas nas plantações invadem e prejudicam os ecossistemas naturais. Apesar disso, elas continuam a ser promovidas, especialmente no Sul, para a produção de matéria-prima barata principalmente para as fábricas de papel/celulose e as indústrias de azeite de dendê.
No Dia Internacional da Mulher aconteceu uma celebração inusual no Brasil. Na madrugada do passado 8 de março, cerca de 2 mil agricultoras ligadas à organização Via Campesina realizaram uma ação relâmpago nas dependências da Aracruz Celulose, no município de Barra do Ribeiro, perto de Porto Alegre. O estabelecimento Barba Negra é a principal unidade de produção de mudas de eucalipto e pinus da empresa para abastecer sua fábrica de Guaíba e possui até um laboratório de clonagem de mudas.
Neste mês o WRM publica um novo relatório titulado “The death of the forest: A report on Wuzhishan's and Green Rich's tree plantation activities in Cambodia" (A morte da floresta: um relatório sobre as atividades de plantação de árvores da Wuzhishan e da Green Rich no Camboja). O relatório registra o impacto das plantações de árvores de duas companhias sobre as comunidades locais e seus meios de vida. Por razões de segurança, os pesquisadores do relatório desejam manter o anonimato.
Na região sudeste da Nicarágua, em uma extensão de 3.180km², encontra-se a Reserva Biológica de Indio Maíz, que deve seu nome aos rios Indio e Maíz. É uma das reservas de biosfera mais importantes do país e contém um floresta úmida tropical, zonas úmidas e lagoas que abrigam uma fauna diversa: onças, águias Mayor, araras da espécie ambigua, peixes-boi, tubarões-martelo e crocodilos. Na floresta há árvores como cedros, mognos, amendoeiras, nespereiras, acariquaras, catiguás, entre outros.
A Papua Nova Guiné possui um sistema de terras comunais que tem permitido que a maioria das comunidades rurais obtenha uma renda decente do livre e fácil acesso à terra, à água limpa e à abundância dos recursos naturais. No entanto, a introdução de plantações de cultivos comerciais socava seus sistemas e estruturas tradicionais, ocasionando impactos ambientais e sociais negativos.
Por mais de uma década uma rede de interesses tem impulsionado as plantações industriais de árvores no Laos. A organização principal é o ADB (Banco Asiático de Desenvolvimento). Em 1993, o governo laosiano aprovou o TFAP (Plano de Ação sobre a Floresta Tropical), levado a cabo com fundos do ADB e do Banco Mundial, entre outros. O TFAP recomendou cortar as florestas e estabelecer plantações industriais de árvores nas áreas de floresta degradada.
Duas grandes empresas florestais nacionais (a FYMNSA e a COFUSA), uma finlandesa (a Botnia-UPM/Kymmene) e uma espanhola (a Ence-Eufores), têm recebido o certificado do FSC (Forest Stewardship Council ou Conselho de Manejo Florestal). Esse certificado permite às empresas garantir que suas “florestas” (de eucaliptos e pinus!) são manejadas de forma ambientalmente apropriada, socialmente benéfica e economicamente viável. Pelo menos isso é o que sustenta o mandato do FSC. No entanto, um recente estudo levado a cabo no Uruguai evidencia exatamente o oposto.
O crescente uso da biotecnologia no setor florestal tem levado à expansão da plantação de árvores geneticamente modificadas em pelo menos trinta e cinco países. Apesar de que, de acordo com a FAO, a maioria da pesquisa se limita aos laboratórios, muitos milhões de árvores GM já têm sido liberados em testes a campo aberto na China, na América do Norte, na Austrália, na Europa e na Índia, e em menor grau, na América do Sul e na África.
Os cisnes-de-pescoço-preto tinham como habitat o Santuário da Natureza Carlos Anwandter do rio Cruces, sítio Ramsar, localizado ao norte da cidade de Valdivia, na região X. O cisne-de-pescoço-preto (Cygnus melancoryphus) é uma ave migratória nativa da América do Sul. Os locais onde mora são os humedais do sul do Brasil, Uruguai, quase toda a Argentina e o Chile da região IV à XI. Alimenta-se de vegetais e no rio Cruces de uma alga, a elódea.
Disponível apenas em inglês.  By Haris Retno Susmiyati
Os promotores das plantações de árvores com fins industriais alegam que as plantações constituem “reflorestamento”, que aumentam a área de florestas, que providenciam trabalhos para os povos locais, ou reduzem a pressão sobre as florestas naturais. A realidade no Camboja evidencia que esses argumentos são apenas propaganda.
A recente reunião internacional do Movimento Mundial pelas Florestas para fazer um balanço das suas atividades e uma re-elaboração das suas estratégias no combate às plantações industriais de monoculturas de árvores em larga escala, escolheu um lugar simbólico para seu encontro – o Estado do Espírito Santo, Brasil.