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As culturas intensivas de dendezeiro e a extração dos azeites produzidos para a exportação sempre estiveram ligados à repressão. A cultura em plantações foi originariamente estabelecida pelos regimes coloniais. Depois da Segunda Guerra Mundial, foi incentivada uma rápida expansão das plantações na Ásia relacionada com a limpeza das florestas- ação usada como uma arma para combater os rebeldes malaios.
Durante os últimos 25 anos, o meio ambiente de Kalimantan Ocidental tem sido alterado radicalmente. Grande parte da floresta que fornecia o sustento das comunidades têm sido cortada e as terras foram destinadas para companhias que desmatam a fim de abrirem caminho para as plantações de dendezeiro. Mesmo que a floresta tradicionalmente tenha reservas para as futuras gerações (hutan cadangan) é vítima da “transformação da floresta”, já que o governo considera a terra deixada sem cultivar pelos sistemas tradicionais de lavoura como “descuidadas” ou “críticas”.
As plantações de dendezeiros se expandem na América do Sul: na Colômbia, no Equador e agora o no Peru, que adere ao impulso comercial. As empresas acham lucrativas oportunidades às expensas da inestimável floresta amazônica e da vida dos camponeses, os que são deslocados das terras nas que trabalham para obterem sua sustentação.
A acelerada destruição da floresta tropical e das terras florestais indígenas em Uganda, que abre o caminho para a produção de açúcar e dendê, segue o modelo tão familiar que tem sido visto em outras partes do mundo, especialmente no sul da Ásia. Foi amplamente informado (na mídia local) o fato de o governo liberar cinco mil hectares de terras florestais protegidas por lei à BIDCO, uma companhia produtora de dendê que se originou no sul da Ásia, em 2001. Essas florestas, nas Ilhas Ssese no Lago Vitória foram então eliminadas rapidamente.
Disponível apenas em inglês. By Anne Petermann and Orin Langelle. Seeding, July 2006
O “Movimento Alerta contra o Deserto Verde” é uma ampla rede de oposição à expansão das plantações de eucalipto em grande escala na região que abrange os Estados de Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia e Rio de Janeiro. Sua existência e luta se originam nos impactos sociais e ambientais comprovados dessas plantações, algumas das que atualmente possuem a certificação do FSC.
Em 1999, o programa FACE de Florestamento do Equador S.A., o PROFAFOR, contratou a empresa verificadora suíça SGS-Société Générale de Surveillance para avaliar o manejo florestal de 20.000 hectares de suas plantações de monoculturas de árvores na serra equatoriana.
Na África do Sul, uma minuciosa pesquisa desenvolvida por John Blessing Karumbidza --“A Study of the Social and Economic Impacts of Industrial Tree Plantations in the KwaZulu-Natal Province of South Africa( Um estudo dos Impactos Sociais e Econômicos das Plantações Industriais de Árvores em KwaZulu- Natal Província da África do Sul)”, disponível em http://www.wrm.org.uy/countries/SouthAfrica/book.pdf -- identificou uma série de impactos prejudiciais nos níveis econômico, social e ambiental provocados pelas plantações de monoculturas de árvores que afetam as comunidades locais, os recursos h
Cerca de 9% da Suazilândia está coberta de plantações para madeira (eucaliptos, pinheiros e acácias). Em dezembro de 2004 Wally Menne, um membro da Timberwatch Coalition da África do Sul , publicou seu trabalho: “Plantações madeireiras na Suazilândia: Uma pesquisa dos impactos ambientais e sociais das plantações madeireiras em grande escala na Suazilândia ” (disponível em http://www.wrm.org.uy/countries/Swaziland/Plantations.pdf).
Em 1987, foi aprovada, no Uruguai, uma legislação que envolve a promoção --através de isenções tributárias e subvenções -- de monoculturas em grande escala de árvores exóticas (principalmente eucaliptos e pinheiros) voltados para a exportação. É assim que o país, até então agrícola- pecuarista, inicia a transformação de parte de suas férteis pradarias em “desertos verdes” que, atualmente, ultrapassam os 700.000 hectares.
Disponível apenas em inglês. By the Alert Against The Green Desert Movement/Brazil The harshness of capital against life but Aracruz Celulose lost the FSC-certificate!
Paulo Henrique de Oliveira, liderança Tupinikim de Caieiras Velhas e Coordenador da Articulação de Povos e Organizações Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo - APOINME e Antônio Carvalho, cacique guarani, viajaram para a Europa em abril/maio de 2006, para divulgar sua luta pela demarcação das terras Tupinikim e Guarani no Espírito Santo (ver Boletins do WRM números 94, 96, 102, 103).