Artigos de boletim

Bem antes de existir evidência científica da destruição do ambiente, os grandes artistas e poetas assinalavam o fenômeno através do ensaio, da música e da poesia. Em Porto Rico, autores como Enrique Laguerre, Abelardo Díaz Alfaro e Luis Llorens Torres denunciaram a destruição das nossas belas paisagens e valiosos recursos naturais em nome do chamado progresso. O ilustre poeta Juan Antonio Corretjer também percebeu, com grande pesar, o avanço avassalador do concreto e o uso de substâncias químicas venenosas na agricultura porto-riquenha.
No dia 23 de novembro de 2002, na 8ª Conferência das Partes da Convenção Ramsar para a Conservação dos Banhados, realizada em Valência, na Espanha, a organização ambientalista hondurenha CODDEFFAGOLF (Comitê para a Defesa e o Desenvolvimento da Flora e da Fauna do Golfo de Fonseca) denunciou sérias irregularidades que envolvem a representação oficial de seu país, desprestigiam a Convenção Ramsar e minam as tentativas de conservação das florestas de mangue, lagoas e demais banhados litorâneos.
A região fitogeográfica das Yungas, ou floresta nublada, consiste numa floresta úmida que se apresenta em setores montanhosos ligados à Cordilheira dos Andes. Partindo da Venezuela, estende-se de forma descontínua pelo Equador, passando através do Peru e da Bolívia, até o noroeste da Argentina, onde os extremos relictuais se manifestam nas províncias de Salta, Jujuy, Tucumán e Catamarca. Em geral, a conservação dessa região é concebida sob o regime de Parques Nacionais: Baritú e El Rey, na província de Salta, Calilegua, na província de Jujuy, e Campo Los Alisos, na província de Tucumán.
Em 2002, a esperança venceu o medo. Em 2003, essa esperança poderá materializar-se em um pacto político entre o eleitor de classe média que, assolado pelo desemprego e empobrecido pela política econômica, perdeu o medo da mudança e o eleitor popular, que, acossado pela pobreza e pela violência, perdeu o medo de ser feliz.
Segundo informação disponível na página Web do FSC, no Chile, sete empresas têm suas "florestas" certificadas, abrangendo uma área total de 262.168 hectares. No entanto, somente uma dessas empresas (Las Cruces S.A.) está realmente manejando uma floresta, com uma extensão de apenas 3.588 hectares. O restante (258.580 hectares) são monoculturas de árvores que, infelizmente, continuam sendo consideradas como "florestas" pelo FSC.
No Equador, as florestas de Esmeraldas fazem parte do último remanescente de florestas tropicais do litoral do Pacífico na América. Essas florestas fazem parte da região biogeográfica do Chocó, um dos dez "pontos de aquecimento" do planeta, que vai do sul do Panamá até o norte de Esmeraldas. Nessa área, existem cerca de 10 mil espécies de plantas, sendo que aproximadamente 2.500 são endêmicas. Esse é o lar das nações Awá, Chachi e Tsachila, bem como de comunidades afro-equatorianas que conservam formas de vida tradicionais.
A riqueza das florestas da Papua-Nova Guiné (PNG) é bem conhecida, como também é o nível de destruição em que se encontram por causa da atividade madeireira industrial. Essa atividade não sustentável (na maioria dos casos, ligada a altos índices de corrupção) tem fornecido altos lucros às corporações, ao mesmo tempo privando as comunidades locais de suas fontes de sustento.
Três importantes eventos internacionais relacionados com as florestas tiveram lugar no ano de 2002: a sexta conferência das partes da Convenção sobre Diversidade Biológica, a Cúspide Mundial para o Desenvolvimento Sustentável e a oitava conferência das partes da Convenção sobre Mudança Climática. Pouca foi sua serventia. Independentemente da retórica e dos compromissos assumidos nessas --e nas anteriores-- reuniões, o certo é que não se percebe nenhum impacto positivo.
Às voltas com uma crescente dívida externa e pressionado pela globalização e a liberalização do comércio, Gana, como muitos países da África ocidental, teve a sua capacidade para financiar o gasto público nacional seriamente limitada. Além disso, a maior parte das exportações dos países africanos vem sofrendo a queda dos preços, o que traz como resultado uma escassa receita oriunda de exportações e contribui para a geração de um grande déficit orçamentário.
Os Sengwer, uma cultura tradicional de colhedores, caçadores e apicultores, são um grupo étnico indígena, do vale Rift do Quênia, que costumava viver em pequenos grupos espalhados por grandes áreas nas chapadas de Kapchepkoilel (Trans Nzoia) e parte de Uasin Gishu.
O logo do Forest Stewardship Council (FSC), com uma árvore bem bonita, enfeita tanto os produtos das plantações industriais de árvores exóticas quanto os produtos autênticos (isto é, aqueles oriundos das florestas). Para a pessoa comum que compra esses produtos, praticamente poderia significar qualquer coisa; contudo, é evidente que a intenção do logo é ajudar a vender os produtos madeiráveis em questão.
Segundo um documento elaborado pela Divisão de Manejo Florestal e Apicultura do Ministério de Recursos Naturais e Turismo da Tanzânia, a Política Florestal da Tanzânia identifica o desmatamento como o maior problema do manejo florestal, e calcula que ele avança num ritmo de 130 mil a 500 mil hectares ao ano. As principais áreas atingidas são as terras não-reservadas que pertencem ao governo. As causas do desmatamento são o despejo para a lavoura, o pastoreio excessivo, os incêndios nas florestas, a queima de carvão e a superexploração dos recursos da madeira.