Artigos de boletim

Recentemente, uma comissão de emergência, patrocinada pelo Global Exchange, voltou da Reserva da Biosfera Integral de Montes Azuis, em Chiapas, México, e fez as seguintes declarações: Denunciamos a iminente transferência forçada das comunidades indígenas assentadas em Montes Azuis. Além disso, concordamos com a maioria das ONGs em que esse deslocamento é apenas um pretexto para explorar comercialmente a região, por exemplo, através de exploração de petróleo, bioprospecção e construção de represas hidrelétricas.
Em carta enviada ao presidente Lula nesta quinta-feira (20/03), instituições alertam para os possíveis riscos socioambientais envolvidos na ampliação da área de florestas plantadas [1], como reivindicado recentemente pelo setor, caso não seja estabelecido um planejamento adequado.
Séculos a fio os mapuche barraram as incursões européias em seu território. Na atualidade, confinados em reservas chamadas "reduções", a maior parte dos mapuche são agricultores empobrecidos ou mão-de-obra camponesa, ou vivem como minoria marginalizada nas cidades chilenas. Não obstante, eles estão resistindo. "O nosso objetivo é recuperar o território do povo mapuche", declara Ancalaf, 40 anos de idade, numa entrevista, na prisão, com o jornalista Héctor Tobar, do jornal Los Angeles Times.
Imagine um vazamento de petróleo duas vezes o tamanho do desastre da Exxon Valdez. De fato, isso aconteceu na região amazônica do Equador, no período 1971-1991, quando a Texaco sistematicamente verteu lixo tóxico em banhados, rios e veredas prístinas. Como resultado, perderam-se 10 milhões de quilômetros quadrados de selva (veja --em inglês-- www.amazonwatch.org/megaprojects/ec_chevtox/).
O plano para a promoção florestal lançado pelo governo em 1988 - baseado na promoção de monoculturas florestais em grande escala - prometeu geração de emprego e entrada de divisas, através do aumento das exportações. Para atingir esses objetivos, o Estado uruguaio investiu fortemente, incluindo subsídios diretos, isenção de impostos, créditos brandos e investimento em infra-estrutura. Para o ano 2000, o Estado tinha destinado para o setor US$ 69,4 milhões em subsídios diretos.
No ano passado, participei numa conferência realizada na Cidade do Cabo, sobre a questão que dá título ao presente artigo, onde, aparentemente, era enfatizada a participação do setor privado na propriedade e gestão das plantações. Como indígena de um país que possui grandes áreas com plantações de monoculturas de espécies exóticas, nunca tinha pensado muito na propriedade dessas áreas. No meu país, historicamente, as plantações são de propriedade do Estado, embora, nos últimos tempos, tenham sido vendidas algumas delas.
Vários grupos da Papua-Nova Guiné (PNG), do Pacífico, da Austrália e internacionais divulgaram uma carta aberta endereçada ao Primeiro Ministro desse país, Michael Somare, expressando sua "profunda preocupação e crescente frustração com a atual gestão do governo no setor das florestas da Papua-Nova Guiné e com o impacto debilitador na economia e segurança da nação", anexando provas que fundamentam essa preocupação e exortando o governo a agir.
O Fórum Social Mundial superou todas as expectativas. Esperava-se a presença de umas 50 mil pessoas e, no entanto, compareceram cerca de 100 mil. A participação nas inúmeras atividades ali organizadas foi extremamente ativa e tod@s saímos fortalecid@s para continuar trabalhando pelo acesso a esse "outro mundo é possível" anunciado pelo Fórum.
"Nascemos no bosque a aí fazemos tudo: colher, caçar e pescar. Onde querem que arranjemos sustento? Dizem que não podemos ir ao bosque, onde se supõe que devemos ir?", diz um membro de uma comunidade Baka da região Lobéké e Boumba.
Há alguns anos, Karl Ammann, fotógrafo e ativista pela defesa dos animais silvestres, apresentou ao presidente do Banco Mundial, Sr. Wolfensohn, evidência vinculando a exploração madeireira industrial à comercialização de carne de animais silvestres em quase toda a África Central. Wolfensohn respondeu que "a prevenção desse tipo de abuso que o senhor descreve é uma responsabilidade que, obviamente, corresponde à indústria, bem como às autoridades governamentais competentes".
Dois ecossistemas naturais diferentes formam a reserva natural de Popenguine-Guéréo, localizada a 45 quilômetros ao sul de Dakar, capital do Senegal: uma parte continental, com colinas recortadas, que constitui uma floresta primária, e uma faixa marítima formada principalmente por um hábitat rochoso, lugar de desova dos peixes. Em 1986, a área foi classificada como reserva natural, para combater a degradação causada pelo desmatamento, o esgotamento das pradarias e as contínuas secas que levaram a uma perda importante da biodiversidade.
Para o grupo mundial de celulose e papel Sappi, o dinheiro cresce nas árvores. De fato, o último relatório anual da companhia sugere que cresce com mais eficiência na África do Sul. O relatório assinala que a seção sul-africana da Sappi (Sappi Forest Products) representa 15 por cento das vendas do grupo, mas contribui em 36 por cento dos benefícios de exploração anuais do grupo a Setembro de 2002. "Temos uma base de custo extraordinariamente baixa na África do Sul.