Artigos de boletim

O interesse pelos recursos naturais, em particular a terra, por parte de investidores estrangeiros tem vindo a registar um considerável crescimento em África e Moçambique não é nenhuma excepção. A região norte de Moçambique é a zona onde projectos de investimento estrangeiro ocupam mais terra em todo o país, na sua maioria para monocultura de eucalipto, pinheiro, jatropha e cana de açúcar.
As áreas rurais, historicamente, têm sido ocupadas de duas formas diferentes no Brasil. Uma delas é a forma empresarial, capitalista e colonialista, que não é uma forma nova, mas tem adquirido novo impulso e novos métodos recentemente. A outra forma de ocupação do espaço agrário, anterior ao modo de produção capitalista, tem sido a agricultura camponesa, que se baseia no modo de vida dos povos originários e populações tradicionais.
A luta das mulheres em todo o mundo é cotidiana. No entanto, o Dia Internacional da Mulher se constitui, desde o século XX, como um momento singular dessa luta. Mulheres de todos os continentes, sejam elas urbanas, camponesas, indígenas, negras, lésbicas, entre tantas outras, marcam essa data nas ruas, levantando suas bandeiras, que são inúmeras, contra as chamadas desigualdades de gênero, que ocorrem em âmbito local e global.
Camponeses e camponesas do Vale do Aguán, Honduras, sofrem uma violenta repressão depois de terem realizado ações organizadas para reaver suas terras, que lhes haviam sido entregues como parte de uma reforma agrária truncada no início da década de setenta.
O negócio se veste de verde A humanidade transita por velhas trilhas com roupagens novas. O atual modelo civilizatório, que se apresenta como hegemônico, mas que na realidade reflete os interesses de uma minoria, está levando o planeta a seus limites, o que se evidencia pelas múltiplas crises.
No ano em que irá acontecer a conferência Rio+20 sobre meio ambiente, o WRM pretende oferecer informações sobre as questões que prometem ter um lugar privilegiado na pauta desse evento mundial. Entre esses temas estão os ‘serviços ambientais´ e fenômenos relacionados, como o ‘pagamento e comércio em serviços ambientais’.
Para compreender o surgimento e elaboração da ideia de ´serviços ambientais´, é importante comentar, pelo menos, duas crises que apareceram fortemente na década de 1970 envolvendo os países industrializados do Norte, sobretudo os EUA e Europa: uma foi a crise ambiental e a outra, uma crise na economia capitalista.
Como estabelecer o preço dos ´serviços ambientais´? Como definir, por exemplo, quanto vale o ´armazenamento´ e a ´produção´ da água ou o ´trabalho´ de polinização realizada por insetos? Isso tem sido um grande obstáculo para aqueles que têm buscado promover os ´serviços ambientais´ e seu ´comércio´.
As empresas que promovem as plantações de monoculturas de árvores para celulose, carvão, madeira e outros fins, têm buscado mostrar, na onda de crescimento do ´PSA´, que suas plantações também prestam ´serviços ambientais´.
Mais recentemente, ouvimos falar muito mais em ´serviços ambientais´, sobretudo em relação às conversas preparatórias da ONU e dos governos sobre Rio+20, previsto para junho deste ano. Para entender isso, temos que falar um pouco sobre a ideia central que está sendo tratada nessa conferência: a ideia da ´economia verde´.
Os defensores da ideia do ´comércio em serviços ambientais´ dizem que ele é uma excelente alternativa para os povos da floresta porque a deixaria ´em pé´ e  a preservaria. Mas há uma série de argumentos para dizer não a ´serviços ambientais´ e ao ´comércio em serviços ambientais´: