Artigos de boletim

O ano começou com fogo no Chile; as notícias nacionais e internacionais divulgaram os devastadores incêndios que afetaram várias regiões do país. Entre elas, as da Araucanía e o Bío Bío, no centro e sul do Chile. Nessas regiões, espalham-se mais de três milhões de hectares de plantações de árvores exóticas, dos quais mais de dois milhões- plantados principalmente com pinheiros e eucaliptos- pertencem às empresas florestais Arauco e Mininco, e foram afetadas pelos incêndios.
O ano de 2011 foi eleito, pela ONU, o ano internacional das florestas. No horizonte da Rio +20 e das conferências do clima (África do Sul) e da biodiversidade (Índia), as florestas são tema de uma intensa campanha discursiva.
Nos relatórios que apresentam os efeitos das plantações industriais de eucaliptos, pinheiros e dendezeiros sobre a vida das pessoas, os impactos negativos tais como os conflitos territoriais, o esgotamento dos recursos hídricos, a falta de oportunidades de emprego e a destruição da economia local são os mais frequentemente mencionados.
Palawan, localizada entre o mar de Sulu e o mar da China Meridional, é uma das ilhas mais bonitas das Filipinas. A ilha tem 450 quilômetros de comprimento e 40 quilômetros no ponto de maior largura. Ao longo de suas esplêndidas praias- emolduradas por manguezais e pelo último remanescente de floresta perene de terras baixas- recifes de coral abrigam uma biodiversidade marinha única.
Nos días 7 e 8 de dezembro de 2011 foi realizado um encontro na cidade amazônica de Cobija, Bolívia, para analisar a condição dos direitos dos povos indígenas em isolamento e em situação de extrema vulnerabilidade da Amazônia e o Grande Chaco, e para estabelecer um plano de ações a respeito de sua defesa.
Com motivo do 15º aniversario do Instituto de Estudos Ecologistas do Terceiro Mundo e em homenagem a Ricardo Carrere (que foi coordenador do WRM até dezembro de 2011) foram realizadas na cidade de Quito, Equador, as “Jornadas de Pensamento Ecologista, Ricardo Carrere” (*)
Durante 11 anos- de 1991 a 2002- uma violenta Guerra civil, alimentada pela distribuição desigual de poder e de recursos dizimou Serra Leoa. Agora, o país enfrenta uma situação de insegurança alimentar e tornou-se um importador líquido de alimentos não só por causa da guerra como também das receitas do Banco Mundial e do FMI. Com o objetivo de promover uma economia com base no mercado, essas instituições impuseram políticas que reduziram os programas agrícolas estatais e os investimentos em agricultura.
A Organização das Nações Unidas (ONU) declarou o ano de 2011 como o Ano Internacional das Florestas . Uma vez que este ano se encerra, é bom fazer um breve balanço.
Para o WRM a luta das mulheres é uma luta pela liberdade e a justiça social. Trata-se essencialmente de um pedido por mudanças nas estruturas sociais que colocaram as mulheres em uma posição desigual e subordinada. Assim, a luta por justiça de gênero se torna uma luta social contra o capitalismo dominante e o sistema patriarcal que trata as mulheres e a natureza por igual, violentando os corpos das mulheres e vivendo para controlá-las e violentando, também, os bens comuns como água, terra, soberania, e até a cultura em seu insaciável procura por lucro e apropriação.
As ações reais para enfrentar a mudança climática foram, mais uma vez, bloqueadas pelos poluidores mundiais. A 17ª Conferência das Partes da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança Climática (UM CO17) em Durban finalizou com o lançamento de uma nova mesa de negociações (a Plataforma Durban) que visa a um novo regime.
Neste mês, em que é comemorado o Dia Internacional dos Direitos Humanos, é urgente salientar os casos de duas comunidades de países aparentemente muito distantes, mas que têm muito em comum. Tanto em Honduras quanto na Índia, as comunidades levam anos de luta contra o novo colonialismo de poderosos grupos econômicos vinculados com a plantação de palma e a extração de ferro, respectivamente.
Um novo relatório, publicado em novembro de 2011, mostra como a polícia local da Província de Jambi na ilha de Sumatra na Indonesia, em conjunto com o pessoal das empresas de palma sistematicamente despejam pessoas de seus assentamentos, disparando armas para assustá-los e depois usando maquinário pesado para destruir suas moradias e escavar pisos de concreto nos arroios próximos. As operações foram levadas adiante durante uma semana em meados de agosto e já desencadearam uma controvérsia internacional. Andiko, diretor executivo da ONG indonésia de direitos comunitários, HuMa disse: