Artigos de boletim

O capital especulativo e seus atores interessados como bancos, consultores, grandes empresas, fundos de investimentos, outros atores aliados, como ONGs e muitas vezes nossos próprios governos, pretendem com o ´comércio em serviços ambientais´ se apropriar dos territórios dos povos para ´vender´ e lucrar. Com isso, a luta pelos direitos dos povos das florestas que delas dependem tende a se tornar mais complexo e difícil.
Como podia se prever, a conferência climática em Durban não tomou nenhuma decisão significativa em termos do combate à crise climática. Talvez, em 2020, seja assinado um novo acordo vinculante. 2020? De acordo com a rede de organizações e movimentos denominada Climate Justice Now, isso constitui um ‘crime contra a humanidade'. Parece como se os governos, os maiores responsáveis pela crise climática, tivessem abandonado a ideia de considerar as pessoas que se tornaram vítimas, as que estão afetados ou altamente ameaçados pela mudança climática, especialmente as mulheres.
O ano começou com fogo no Chile; as notícias nacionais e internacionais divulgaram os devastadores incêndios que afetaram várias regiões do país. Entre elas, as da Araucanía e o Bío Bío, no centro e sul do Chile. Nessas regiões, espalham-se mais de três milhões de hectares de plantações de árvores exóticas, dos quais mais de dois milhões- plantados principalmente com pinheiros e eucaliptos- pertencem às empresas florestais Arauco e Mininco, e foram afetadas pelos incêndios.
O ano de 2011 foi eleito, pela ONU, o ano internacional das florestas. No horizonte da Rio +20 e das conferências do clima (África do Sul) e da biodiversidade (Índia), as florestas são tema de uma intensa campanha discursiva.
Nos relatórios que apresentam os efeitos das plantações industriais de eucaliptos, pinheiros e dendezeiros sobre a vida das pessoas, os impactos negativos tais como os conflitos territoriais, o esgotamento dos recursos hídricos, a falta de oportunidades de emprego e a destruição da economia local são os mais frequentemente mencionados.
Palawan, localizada entre o mar de Sulu e o mar da China Meridional, é uma das ilhas mais bonitas das Filipinas. A ilha tem 450 quilômetros de comprimento e 40 quilômetros no ponto de maior largura. Ao longo de suas esplêndidas praias- emolduradas por manguezais e pelo último remanescente de floresta perene de terras baixas- recifes de coral abrigam uma biodiversidade marinha única.
Nos días 7 e 8 de dezembro de 2011 foi realizado um encontro na cidade amazônica de Cobija, Bolívia, para analisar a condição dos direitos dos povos indígenas em isolamento e em situação de extrema vulnerabilidade da Amazônia e o Grande Chaco, e para estabelecer um plano de ações a respeito de sua defesa.
Com motivo do 15º aniversario do Instituto de Estudos Ecologistas do Terceiro Mundo e em homenagem a Ricardo Carrere (que foi coordenador do WRM até dezembro de 2011) foram realizadas na cidade de Quito, Equador, as “Jornadas de Pensamento Ecologista, Ricardo Carrere” (*)
Durante 11 anos- de 1991 a 2002- uma violenta Guerra civil, alimentada pela distribuição desigual de poder e de recursos dizimou Serra Leoa. Agora, o país enfrenta uma situação de insegurança alimentar e tornou-se um importador líquido de alimentos não só por causa da guerra como também das receitas do Banco Mundial e do FMI. Com o objetivo de promover uma economia com base no mercado, essas instituições impuseram políticas que reduziram os programas agrícolas estatais e os investimentos em agricultura.
A Organização das Nações Unidas (ONU) declarou o ano de 2011 como o Ano Internacional das Florestas . Uma vez que este ano se encerra, é bom fazer um breve balanço.
Para o WRM a luta das mulheres é uma luta pela liberdade e a justiça social. Trata-se essencialmente de um pedido por mudanças nas estruturas sociais que colocaram as mulheres em uma posição desigual e subordinada. Assim, a luta por justiça de gênero se torna uma luta social contra o capitalismo dominante e o sistema patriarcal que trata as mulheres e a natureza por igual, violentando os corpos das mulheres e vivendo para controlá-las e violentando, também, os bens comuns como água, terra, soberania, e até a cultura em seu insaciável procura por lucro e apropriação.
As ações reais para enfrentar a mudança climática foram, mais uma vez, bloqueadas pelos poluidores mundiais. A 17ª Conferência das Partes da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança Climática (UM CO17) em Durban finalizou com o lançamento de uma nova mesa de negociações (a Plataforma Durban) que visa a um novo regime.