Artigos de boletim

“Florestas em exaustão” surge de uma controvertível proposta do Brasil sob as negociações da UNFCCC (Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança Climática ) em Poznan. O interesse do Brasil de alterar o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) para incluir as “Florestas em exaustão” é que permitiria ao MDL outorgar créditos sob o Protocolo de Kyoto para projetos de reflorestamento em terras de florestas que têm sido exploradas excessivamente até ficar “exauridas”, e sem dinheiro adicional dos créditos de carbono, não seriam replantadas.
Desde o WRM temos denunciado durante muito tempo a definição de floresta da FAO. Achamos que, de fato, é uma causa indireta de desmatamento. Ao considerar as florestas como simples “áreas medindo mais de 0,5 hectares com árvores maiores que 5 m de altura e cobertura de copa superior a 10%, ou árvores capazes de alcançar esses parâmetros in situ”(*) permite que as monoculturas industriais de árvores sejam consideradas como florestas.
Na última década, em tempos de mudanças climáticas cada vez mais visíveis, as grandes empresas, bancos e governos falam muito em promover projetos de energia ‘limpa’. São aquelas formas de geração de energia que não são baseadas em combustíveis fósseis.
Em um cálido dia de maio, um camponês chamado Bounsouk olha para a vasta expansão de água na sua frente, o reservatório de 450 quilômetros quadrados atrás da nova barragem Nam Theun 2 no Laos. No fundo do reservatório está a terra onde ele costumava viver, cultivar arroz, pastar búfalos e coletar frutos da floresta, bagas e plantas medicinais e especiarias. Agora há somente água, água em toda parte.
Um complexo de duas represas e o desvio do rio Xingu no trajeto que percorre o Estado do Pará; um custo de mais de 16 bilhões de dólares; 516 km2 de florestas amazônicas inundadas; 1522 km2 de terras florestais afetadas; entre 100 e 140 km2 dessecados; mudança na ecologia fluvial, introdução de espécies forâneas de peixes e extinção de espécies; perda de biodiversidade, que é fonte de alimentos e renda para milhões de pessoas na Amazônia; 30 terras indígenas habitadas por mais de 13.000 pessoas de 24 povos indígenas que são direta ou indiretamente afetados; ente 20.000 e 40.000 pessoas desl
Causa e conseqüência de uma barragem O pessoal da empresa chegou E disse que nada iria acontecer [...] De repente uma surpresa Os pais estavam revoltados As mocinhas se arrumaram Por que mais de 4 mil homens chegaram. [...] Algumas delas se envolveram E ganharam vários juramentos Disseram que tinham motos e carros Muito dinheiro E que entre eles iam dar casamento
Indonesia: desde abril de 2005, dos empresas al frente de la construcción de una mega-represa en Indonesia - ambas propiedad del ex vice presidente de ese país - han estado forzando a personas que viven cerca del río Sulewana en Poso, Sulawesi Central, a que les vendan sus tierras para llevar a cabo la construcción. El proyecto, conocido como Poso II, afectará las vidas de hasta 2.000 personas.   Los residentes de la aldea Peura trataron de impedir el acceso a la construcción y fueron atacados por la policía.
Ao longo do rio Congo na República Democrática do Congo, o projeto da hidrelétrica Inga abrange uma série de usinas; sendo que duas delas já estão construídas- a Inga I e a Inga II- e outras duas estão em andamento- a Inga III e a Inga Grande (vide Boletins 138 e 77 do WRM).
Os problemas associados com barragens hidrelétricas em grande escala não são novos para a bacia do Mekong. Originado nos Himalaias Tibetanos, o Rio Mekong serpenteia através da província de Yunnan no sul da China antes de passar através de uma pequena porção da Birmânia, depois pelo Laos, onde por um grande trecho forma a fronteira laosiana-tailandesa no norte e nordeste da Tailândia e depois flui para o sul através do Camboja e segue para o delta do Mekong no Vietnã.
Há muitos anos o WRM denuncia que é inaceitável certificar plantações industriais de monoculturas de árvores em larga escala. O principal alvo tem sido o FSC por se apresentar ao mundo como o selo mais confiável e respeitado para produtos de madeira, inclusive porque conta, entre seus membros, com várias organizações não-governamentais.
Em 2007, a empresa SGS começou o processo de certificação da Veracel Celulose S/A na Bahia, Brasil, pelos princípios e critérios do FSC. A Veracel é uma empresa cujas proprietárias são a transnacional sueco-finlandesa Stora-Enso e a Fibria (ex-Aracruz). Ela possui cerca de 100 mil hectares plantados com a monocultura de eucalipto para celulose de exportação, dentro de um território total de mais de 200 mil hectares. Atualmente, está em fase de duplicação de sua fábrica e plantações.
Brasil: O caso da Plantar - o FSC servindo para vender créditos de carbono Empresas que promovem a monocultura de árvores em larga escala não estão em busca do selo do FSC apenas para valorizar seu produto final. Há empresas que usam o FSC para um fim bem específico e bem diferente: querem se credenciar para a venda de créditos de carbono, como é o caso da empresa Plantar S/A, no estado de Minas Gerais, Brasil.