Artigos de boletim

A empresa mineradora ítalo-argentina TERNIUM planeja impactar cerca de 2.000 hectares de floresta tropical no município de Coahuayana, estado de Michoacán, no sudoeste do México, para extrair minério de ferro. Entre outros impactos, isso deixaria sem água a todo o município de 15 mil habitantes. O rio El Saucito já tem sido afetado, bem como a montanha e a floresta, e os povos Santa María Miramar, El Saucito, La Palmita, El Parotal e Achotán já vêm sofrendo as conseqüências e, por isso, estão solicitando junto às autoridades que declarem uma Zona de Conservação Ecológica Municipal.
A Nigéria possui 11700 quilômetros quadrados de floresta de mangue: a terceira maior do mundo e a maior da África. A maioria do mangue se acha no Delta do Níger. A Nigéria é também uma grande produtora de óleo e a maioria do óleo é extraído no Delta do Níger. Lá, o petróleo ou óleo cru abunda em formações rochosas. A complexa mistura de hidrocarbonetos e outros compostos orgânicos que forma o combustível fóssil líquido inflamável é extraída de poços de óleo nesses campos petrolíferos.
Há dois anos, 5,3 milhões de hectares de lado a lado da Indonésia ficaram engolfados em chamas na pior estação de incêndios desde 1997/98. A fumaça cobria grandes porções do Sudeste da Ásia, escondendo mais incêndios de turfeiras e florestas na Malásia. Mais de 75.000 incêndios de lado a lado de Sumatra e Bornéu. O experto em turfeiras, o Professor Florian Siegert ajudou a analisar detalhes desde imagens de satélite e concluiu: “A maioria dos fogos foram acendidos para desmatar terras para plantações.
Apesar de toda a evidência científica que existe sobre o impacto das monoculturas de árvores em grande escala, a Convenção de Mudança Climática faz questão em promovê-las, com o falso argumento de as plantações poderem mitigar os efeitos da mudança climática ao agirem como “sumidouros de carbono”.
A floresta tropical da República Democrática do Congo (RDC) –a segunda maior do mundo- está desaparecendo com a atividade madeireira. De acordo com um relatório do The Guardian (1), atualmente uma dúzia de grandes companhias, principalmente européias, dominam a indústria e têm vastas concessões: a Trans-M tem donos libaneses; um outro grupo, que controla aproximadamente 15 m de acres é propriedade dos irmãos portugueses Trindade; a família norte-americana Blattner possui mais de 2 m de acres; o Grupo alemão Danzer possui 5 m.
O modelo de desenvolvimento econômico promovido desde os centros de poder já tem mostrado às claras que leva ao desastre social e ambiental, tanto no nível local quanto no global. A mudança climática é o exemplo mais claro no tocante ao ambiente, enquanto a crescente escassez de alimentos que sofrem milhões de pessoas assim o demonstra no nível social.
A Via Campesina é um movimento internacional e inter-cultural que coordena diferentes organizações nacionais e regionais de pequen@s agricultor@s, campones@s, trabalhador@s rurais sem terra, trabalhador@s agrícolas, povos indígenas, pescador@s, imigrantes e pessoas que trabalham em atividades artesanais.
Uma fábrica de celulose altera profundamente a micro-região onde é instalada e gera uma série de problemas que afetam principalmente as populações tradicionais.
Transcorreram 63 anos desde que Soekarno e Hatta proclamaram a independência da República Indonésia em 17 de agosto de 1945. Cada agosto, especialmente no dia 17, os indonésios do arquipélago todo celebram o aniversário de sua nação.
As companhias dos dendezeiros estão obtendo fortunas na Malásia, principalmente com a atual corrida dos agrocombustíveis. Mas nenhuma parte delas vai para aqueles que põem seu corpo e alma para fazer com que o dinheiro seja extraído das plantações de dendezeiros (ver Boletim do WRM Nº 134). Os trabalhadores migrantes da Indonésia parecem estar entre aqueles que obtêm a pior parte.
Parece uma bofetada. A agroindústria do dendezeiro tem escolhido justamente o dia 16 de outubro, Dia Mundial da Soberania Alimentar e o país da América Latina mais atingido pelo dendezeiro –a Colômbia- para celebrar a Primeira Reunião Latino-americana da “Mesa Redonda para Azeite de Dendê Sustentável” (RSPO).
Os argumentos em favor da certificação freqüentemente expõem que uma empresa que quer vender seus produtos como produzidos de forma sustentável deve ter uma forma de provar isso. Um consumidor que quer comprar produtos não prejudiciais do ponto de vista social e ambiental precisa de um selo que permita confiar nesses produtos. Quando o problema é assim contextualizado, a certificação parece ser a resposta óbvia.