De acordo com o Ministro da Tecnologia chinês, Wan Gang, os Jogos Olímpicos de Pequim resultarão na liberação de cerca de 1,18 milhões de toneladas de carbono na atmosfera “em parte porque muitos atletas e espectadores deverão viajar longas distâncias”. No entanto, não precisamos preocupar-nos com isso porque as autoridades chinesas nos garantem que as Olimpíadas serão “basicamente” neutras de carbono.
Artigos de boletim
Neste mês, o Congresso brasileiro transformou em lei a medida provisória Nº 422, que aumenta a área da Amazônia que pode ser concedida para uso rural dispensando qualquer licitação. O limite, estipulado anteriormente em 500 hectares, é ampliado a 1.500 hectares, com a possibilidade de desmatar até 20% da área concedida.
Na Guatemala, como em outros países do Sul, as comunidades indígenas e o meio ambiente pagam um alto custo pela expansão dos agrocombustíveis. Desmatamento, deslocamentos forçados, ameaças, prisões ilegais e inclusive o assassinato assinalam este avanço.
A organização Salva la Selva denuncia uma situação que vem ocorrendo nos últimos três anos em uma área conhecida como "Finca Los Recuerdos", onde o Engenho Guadalupe, uma das empresas produtoras de etanol do país, vem desmatando em terras indígenas para plantar cana-de-açúcar voltada para a produção do mencionado combustível.
No Boletim do mês passado do WRM lembramos a batalha de longa data que as comunidades tinham travado pelas florestas de Sarawak, principalmente através de bloqueios de caminhos para deter a entrada dos caminhões madeireiros em seus territórios.
Nos dias 8, 9 e 10 do passado mês de julho, a Confederação Camponesa do Peru e a Confederação Nacional Agrária, com a alta adesão de inúmeras organizações indígenas e camponesas realizaram um amplo protesto em todo o país, que coincidiu no dia 9 com uma greve geral convocada pela Central Geral de Trabalhadores do Peru (CGTP).
Os manguezais são as florestas tropicais costeiras. Vastas extensões de linhas costeiras tropicais e subtropicais da Ásia, Oceania, as Américas e o Caribe estão contornadas com manguezais que antigamente cobriam uma área estimada de mais de 32 milhões de hectares. Atualmente, restam menos de 15 milhões de hectares- menos da metade da área originária.
Mais de 170 ativistas que se reuniram em Bangkok durante o fim de semana criticaram duramente os governos e as companhias por não reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Exigiram “justiça climática” e um “afastamento fundamental da atual ordem global” para solucionar a crise climática. Os participantes da conferência incluíram pescadores e granjeiros, povos das florestas e indígenas, mulheres, jovens, trabalhadores e ativistas não governamentais de 31 países.
Ao analisar os processos de destruição ambiental, identificam-se, geralmente, uma série de causas, que se classificam em diretas e em subjacentes. Por exemplo, uma das causas diretas da destruição de florestas é sua conversão em monoculturas de soja (Brasil, Paraguai), de dendezeiros (Indonésia, Malásia, Papua Nova Guiné, Colômbia), de pinheiros (Chile), de eucaliptos (Brasil, Equador). Contudo, por trás dessa causa facilmente identificável há outras- as subjacentes- que foram as que, definitivamente, determinaram e fizeram possível essa conversão.
Temos produzido um vídeo de 10 minutos (em inglês,em breve também em português) sobre os impactos da indústria do papel. Esperamos que o vídeo seja uma ferramenta útil para as campanhas sobre o uso excessivo de papel e para vincular essas campanhas com as lutas das comunidades locais que confrontam a expansão das plantações de madeira para celulose e fábricas de pasta no Sul.
O vídeo está disponível em: http://www.wrm.org.uy/Videos/Paper_Consumption.html
O processo de migração campo- cidade no Chile é o resultado de conflitos internos na estrutura agrária, e no caso da VIII região-- a Região do Bio- Bio-- acrescenta-se uma reconversão produtiva que é mesmo uma reconversão florestal.
A companhia pública Perhutani se gaba de ter “uma das maiores percentagens de plantação de florestas no mundo” (http://perhutaniproducts.com/) com uma área de terras de 2.426.206 hectares em Java e na Ilha Madura da Indonésia.
Também possui o triste recorde de ter prejudicado ou destruído seriamente bem mais da metade das ‘florestas do estado’ de Wonosobo em Java Central (ver Boletim do WRM Nº 96).
A Floresta dos Pântanos de Tanoé no departamento de Adiaké é o último bloco remanescente de floresta no canto do sueste da Costa do Marfim e se estende em uma área que tem sido classificada pelos expertos em conservação como, entre outras características, de alta importância para a conservação de mamíferos e pássaros, e de muito alta importância para a conservação de ecossistemas de água doce.