A rodovia que une Trang e Krabi no Sul da Tailândia é um exemplo do que os economistas chamam de desenvolvimento. O que costumava ser uma floresta tropical exuberante tem sido transformado em inumeráveis fileiras de dendezeiros ou seringueiras. A monotonia é alterada às vezes por umas poucas casas e lojas cercadas por um mar de monoculturas de árvores. No final da rodovia, as granjas camaroneiras ocupam o lugar das florestas de mangues e somente uma fina fileira de mangues que rodeia o rio foi dispensada da destruição.
Artigos de boletim
A Patagônia concentra só 4% das plantações florestais da Argentina. O escasso desenvolvimento do setor na região é considerado pelas autoridades e empresários como um amplo campo de oportunidades: 4 milhões de hectares para florestar distribuídos nas províncias de Neuquén, Río Negro e Chubut.
Imagine uma área do tamanho de 500.000 campos de futebol plantados com uma única espécie de árvore. Uma floresta? Não, um deserto verde. Sem pessoas, sem água, sem outras plantas. Em poucos anos, assim será a paisagem do Rio Grande do Sul, estado do extremo sul do Brasil, onde três empresas concentram a produção de celulose, com danos sociais e ambientais.
O caso do Chile é apresentado, na América Latina, como um modelo bem-sucedido em matéria de florestas, apesar de numerosas organizações chilenas e em particular de indígenas Mapuche virem denunciando há anos os impactos das grandes plantações de pinheiros e eucaliptos instalados no sul do país. Contudo, isso não foi um obstáculo para que consultores florestais bem remunerados continuassem repetindo as mesmas mentiras e convencendo os governos de outros países (Peru e Equador são os casos mais recentes) a transitar o "bem-sucedido" caminho chileno.
Em meio a tanta apropriação e despojo por parte dos grandes interesses mercantis resulta estimulante receber notícias que informam das vitórias obtidas pela tenaz resistência dos povos.
Para as comunidades locais que habitam em áreas florestais resulta bem clara a diferença entre uma floresta e uma monocultura de árvores. Contudo, essa clareza não existe no nível da profissão florestal, que foi formada a partir do conceito de as plantações serem florestas e cumprirem funções semelhantes às florestas.
Imagine uma área do tamanho de 500.000 campos de futebol plantados com uma única espécie de árvore. Uma floresta? Não, um deserto verde. Sem pessoas, sem água, sem outras plantas. Em poucos anos, assim será a paisagem do Rio Grande do Sul, estado do extremo sul do Brasil, onde três empresas concentram a produção de celulose, com danos sociais e ambientais.
Bem-vindos a esta edição especial do boletim do WRM que olha para a África através dos olhos dos africanos. Para muitas pessoas no mundo, a África é um continente exótico cheio de danças e canções de pessoas e pássaros.
A África é um grande continente. Sua massa de terras cobre 31 milhões de quilômetros quadrados e ocupa 20% da terra. É o segundo maior continente do mundo com uma população de aproximadamente 900 milhões de pessoas, o que significa que tem menos população que a Índia e a China.
Membros da Amigos da Terra África (FoE África) da Gana, Togo, Serra Leoa, África do Sul, Nigéria, Maurício, Tunísia e Suazilândia se reuniram durante cinco dias em Accra, Gana para analisarem os problemas que enfrenta o meio ambiente africano. Uma ênfase especial foi colocada na atual crise alimentar e os agrocombustíveis no continente.
“Gestão participativa: situação na qual no mínimo dois atores sociais negociam, definem e garantem entre eles uma partilha equitativa das funções, os direitos e as responsabilidades de gestão de um território, uma área ou um conjunto dado de recursos naturais.”
Nos países da África Central, constata-se desde 1990 a implementação de programas cuja finalidade é demonstrar que as áreas protegidas podem ser manejadas de forma mais eficaz se for aplicado um enfoque participativo. Tal preocupação tem três motivações principais:
É difícil analisar o assunto dos direitos indígenas na África sem envolver-se com a questão da condição do estado, e é impossível abordar essa última sem considerar suas duvidosas origens. A empresa colonial na África, marcada pela dominação e anexação de território, foi guiada por Leopoldo, o monarca belga e Bismarck, o chanceler alemão. Atingiu seu auge na conferência de Berlim de 1884, que foi convocada evidentemente para regular as relações comerciais entre potências européias, mas acabou legislando a partição da África.