A organização de defesa ecológica equatoriana YASunidos, junto com a Acción Ecológica e a pastoral indígena de Chimborazo, entraram com uma ação na justiça para proteger os direitos da natureza do páramo de Tangabana, os quais são protegidos pela constituição equatoriana, em relação a una plantação em grande escala de árvores de pínus estabelecida em 2013, nas montanhas dos frágeis ecossistemas da floresta sempre verde montana alta e do páramo de capinzal de Pallo-Tangabana.
Outra informação
A Marcha Mundial das Mulheres, durante as negociações da ONU sobre o clima, no Peru, mostrou sua solidariedade ativa a Máxima Acuña, que enfrenta um processo judicial por sua resistência à transnacional mineradora Yanacocha, em Cajamarca (norte do Peru). A empresa apresentou acusações por usurpação agravada, e o juiz decretou, em primeira instância, uma pena de dois anos e oito meses, multa e o confisco do terreno do qual é possuidora e proprietária.
A ONG GRAIN lançou uma didática cartilha que mostra claramente o papel fundamental do sistema agroindustrial na emissão de dióxido de carbono e outros gases tóxicos que geram a crise climática. Assim, destaca-se que a agricultura industrial é responsável por 15% a 18% das emissões contaminantes em função do desmatamento que promove. Portanto, a cartilha também sugere passos essenciais na recuperação e na reafirmação da soberania alimentar para sair do modelo industrial.
O Critical Information Collective está lançando um novo concurso fotográfico anual sobre justiça ambiental e social, que será aberto para submissões entre 1º de janeiro e 28 de fevereiro de 2015. Trabalhos aceitos e premiados serão notificados até 31 de março de 2015. As 24 imagens vencedoras serão impressas e expostas em Paris durante a cúpula sobre mudança climática da UNFCCC, em novembro de 2015.
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A publicação resume os problemas identificados em um conjunto de relatórios publicados sobre 14 projetos REDD. Todos mostram una série de características estruturais que prejudicam os direitos dos povos da floresta e não abordam as crises do desmatamento e da mudança climática.
Este briefing trata da promoção de iniciativas de “Carbono Azul”, também conhecidas como “REDD Azul”, uma nova tendência cujo foco está na comercialização do carbono ‘armazenado’ nos territórios marinho-costeiros, principalmente os manguezais.
Esse documento aborda una nova versão do REDD, em escala de paisagem, com a mesma característica de ser una falsa solução à mudança climática. A “escala de paisagem” tenta abarcar as florestas e a agricultura, mantém a característica de uma proposta que vem de “cima para baixo”, focada em proteger e fomentar o agronegócio em detrimento dos povos indígenas e das comunidades camponesas.
Um novo relatório do Instituto Oakland introduz o termo “violência do carbono” para descrever o impacto das operações de plantio da Green Resources, em Uganda, sobre as comunidades locais e seu ambiente. A Green Resources é uma empresa de plantações com sede na Noruega, que tem 41.000 hectares de plantações em Moçambique, Tanzânia e Uganda. As plantações da empresa, certificadas pelo FSC, são usadas para produtos de madeira e geram créditos de carbono.
Um relatório da Amigos da Terra analisa estudos de caso específicos que demonstram que os projetos de REDD podem facilitar, em vez de impedir, a continuação do uso de combustíveis fósseis, exacerbar as tensões sobre os direitos à terra e aos recursos, ter impactos negativos importantes sobre Povos Indígenas e comunidades locais que dependem da floresta, ameaçar a segurança alimentar e até mesmo colocar em risco as florestas.
Um artigo do jornal “Aldeia”, produzido pela FASE Amazônia, Grupo Carta de Belém e Fórum da Amazônia Oriental, destaca a falácia, cuja raiz está no mercado de carbono, de que a energia produzida pelas hidrelétricas é “limpa”. Ou seja, que não emitiria gases poluentes. Isso ignora os muitos impactos que as megabarragens geram em termos de desmatamento, desalojamento de pessoas, abertura de estradas em áreas anteriormente inacessíveis, inundações permanentes que geram gases do efeito estufa, etc.
Através de uma série de artigos, este relatório da organização Focus on the Global South denuncia como a terra, as florestas e a água estão sendo capturadas e cercadas para uma série de finalidades: agricultura industrial, plantações de árvores, energia hidroelétrica, indústria extrativa, turismo, infraestrutura física, desenvolvimento imobiliário, Zonas Econômicas Especiais e, pura e simplesmente, lucro financeiro, através da construção de novos mercados.