Em abril de 2006, a empresa certificadora alemã GFA Consulting Group concedeu o selo do FSC às atividades madeireiras da empresa Endesa- Botrosa e a suas plantações de árvores localizadas na zona Rio Pitzara, de 8.380 hectares no litoral do Equador (GFA-FM/COC-1267). A certificação FSC da Endesa-Botrosa, pertencente ao Grupo Madeireiro Durini, significa um duro golpe para as centenas de comunidades locais camponesas, indígenas e afro- equatorianas, cujas florestas e modos de vida têm sido devastados por esta companhia durante décadas.
Artigos de boletim
Ao longo dos últimos séculos, tem ocorrido um maciço desflorestamento nas terras irlandesas. O que tem sido substituído, foi amplamente substituído por plantações de conífera em quase monoculturas exóticas, principalmente por conta de uma companhia: a Coillte que é proprietária de 438.000 ha de plantações certificadas.
Em 2002, a Coillte Teoranta obteve a certificação do Conselho de Manejo Florestal concedida pela Soil Association/ Woodmark (anteriormente certificada pela SGS).
Há mais de um ano que organizações espanholas exigem o cancelamento da certificação de “manejo florestal sustentável” outorgada pelo FSC à filial da empresa de celulose ENCE (Norfor), sem obter qualquer resultado. Em junho de 2005, a “Asociación pola defensa da Ria”, membro da Federación Ecologista Gallega (FEG), encaminhou à delegação do FSC na Espanha o urgente pedido de cancelamento da referida certificação (http://www.wrm.org.uy/actores/FSC/cancelacionNORFOR.pdf) junto com um relatório crítico da certificação da Norfor (http://www.wrm.org.uy/actores/FSC/informeNORFOR.pdf).
O que segue são as conclusões apresentadas em um relatório de viagem (disponível em: http://www.wrm.org.uy/paises/Venezuela/Gira2006.pdf) da pesquisa realizada recentemente por quatro representantes da Rede Latino-americana contra as Monoculturas de Árvores na área onde estão localizadas as plantações de Uverito, nome com o que se conhecem aproximadamente 600.000 hectares de plantações de pinus instalados nos Estados de Monagas e Anzoátegui.
Como um de seus membros Fundadores sou pelo menos responsável em parte por ter permitido que uma falha fatal se desenvolvesse no sistema do FSC quando foi estabelecido: isto é, os chamados organismos de certificação ‘independente’ que estão credenciados no FSC, de fato não são independentes.
Em 1º de junho de 2006, o Seminário sobre “Os Direitos dos Povos Indígenas e o Avanço do Agronegócio: problemas e desafios” teve lugar na cidade de Vitória, Espírito Santo, Brasil. O Seminário reuniu as comunidades Tupinikim e Guarani e também outras comunidades afetadas pelas plantações de monoculturas em grande escala, junto a vários setores da sociedade civil no Estado do Espírito Santo, a fim de refletirem minuciosamente sobre o assunto.
Em março de 2006, o WRM divulgou a publicação “Fachada verde: Análise crítica da certificação FSC das monoculturas industriais no Uruguai” (vide em http://www.wrm.org.uy/countries/Uruguay/book.html). A pesquisa abordou as quatro principais companhias com plantações certificadas e incluiu uma pormenorizada crítica dos relatórios das certificadoras, complementada com entrevistas a trabalhadores e pessoas das comunidades locais nas vizinhanças da área das plantações.
O Equador é um dos países com uma das maiores taxas de desmatamento em nível mundial. Neste processo há diferentes atores, entre os que estão não apenas as grandes empresas madeireiras que tipicamente realizam suas atividades de extração de madeira flutuando entre a legalidade e a ilegalidade, mas também as empresas que desmatam para instalar grandes monoculturas de árvores, desde dendezeiros até pinus e eucaliptos.
Uma grande parte da população mundial- em especial a masculina- está, nestes dias, grudada na tevê assistindo ao campeonato mundial de futebol. Ainda que muitos estejam cientes de que não se trata simplesmente de um esporte mas de um enorme negócio globalizado, no qual os jogadores são pouco mais do que gladiadores descartáveis ao serviço de grandes empresas, não podem deixar de assistir, curtir ou sofrer a cada jogo.
Um documento que vazou do Painel de Fiscalização do Banco Mundial [1] apresenta numerosas críticas a um projeto de manejo florestal do próprio Banco no Camboja, por descumprir as salvaguardas internas, ignorar as comunidades locais e fracassar no objetivo de reduzir a pobreza- declara a Global Witness, uma organização internacional não partidária, que foi indicada para o prêmio Nobel da Paz de 2003 por ter trabalhado para desvendar a forma em que os diamantes financiaram guerras civis na África e que se focaliza nas relações entre a exploração dos recursos naturais e o financiamento de conf
Por ser a evidência da mudança climática cada vez mais convincente, aumenta em intensidade a batalha sobre quem formula suas causas, efeitos e soluções. Tanto no âmbito popular quanto no político, saber quais serão as vozes ouvidas e quais as não ouvidas torna-se um assunto político chave do nosso tempo. Hoje, no nível da política internacional, chama a atenção a ausência de considerações de gênero nos debates sobre mudança climática.
Desde a década de 90 fez-se muito ruído a respeito das florestas da Bacia do Congo, para bem e para mal. E uma nova ondada ambiental cai sobre a República Democrática do Congo, de uma amplitude muito parecida com o “boom do Zaire” da década de 70. Mas cabe perguntar-se se as administrações florestais centro-africanas, que costumam estar submetidas a fatores sociológicos insidiosos, alinham-se com as aspirações e necessidades de bem-estar das populações da região.