Artigos de boletim

O Fórum Nacional de Povos e Trabalhadores da Floresta (NFFPFW- sigla em inglês) dá as boas- vindas ao relatório apresentado pelo Comitê Parlamentar Conjunto (JPC- sigla em inglês) sobre o Projeto de Lei de Direitos à Floresta e se mostra otimista quanto a sua aprovação pelo Gabinete Central e seu encaminhamento ao Congresso. O NFFPFW ainda reconhece o papel da presidência e dos membros do JPC, e a contribuição de todos os outros movimentos sociais, grupos de luta de povos da floresta que deram forma ao projeto através de suas sugestões e apresentações junto ao JPC.
Foram enviadas inúmeras cartas desde o estrangeiro ao governo do Equador no contexto da campanha de apoio a organizações sociais e indígenas equatorianas que pretendem evitar a aprovação de uma legislação que implicaria a expansão das monoculturas de árvores em grande escala (vide artigo sobre o Equador neste boletim).
Os técnicos que prestam serviços às transnacionais têm demonstrado ter uma ilimitada capacidade de inventividade para servirem melhor aos que lhes pagam. Nada é impossível, nem absurdo, nem imoral para eles. Entre seus mais recentes sucessos, contam com ter conseguido pôr à venda a própria natureza sob o disfarce dos chamados “serviços ambientais”. Expressões como “venda de oxigênio” e “venda de sumidouros de carbono” são agora freqüentes, em particular nos países do sul.
A vasta floresta tropical da República Democrática do Congo --a segunda maior da Terra, depois da amazônica --tem sido considerada como uma área alvo pelo Banco Mundial.
As instabilidades políticas na Nigéria durante o regime de Abacha nos anos 1993 e 1994, que foi conseqüência da anulação da eleição presidencial do dia 12 de junho de 1992 na que foi eleito o último magnata dos negócios – o Chefe M.K.O. Abiola – provocaram uma severa escassez de querosene que afetou seriamente diferentes regiões do país. A falta de querosene levou à invenção da “Panela de carvão Abacha” – um fogão construído localmente que usa como combustível carvão vegetal.
Os eucaliptos foram introduzidos pela primeira vez na China aproximadamente em 1890 e foram plantados originalmente como árvores ornamentais e para providenciar sombra à beira da estrada. A principal “preamar” das plantações de eucalipto na China, principalmente para a produção de madeira, aconteceu depois da fundação da República Popular da China. Não foi até a década de 50 que vastas áreas de plantações foram estabelecidas por fazendas florestais estatais com o fim de fornecer madeira para mineração (esteios de mina), postes para a construção e lenha.
Desde que a Índia obteve sua independência política em 1947, as Áreas de Proteção e os projetos de desenvolvimento como as grandes represas, minérios, indústrias, estradas e acantonamentos militares deslocaram milhões de pessoas no país. As estimativas da Comissão de Planejamento indicam que 21,3 milhões de povoadores foram deslocadas por projetos de desenvolvimento entre 1951 e 1990 somente. As estimativas sobre os povoadores despejados pelo Departamento Florestal (para criar novas Áreas de Proteção e limpar “invasões na floresta”) não estão disponíveis.
Em 2004, o Ministro Florestal, através do Decreto 101/Menhut-II/2004, emitiu uma política sobre a aceleração do desenvolvimento da madeira para obter pasta de celulose, para abastecer a indústria da celulose e do papel. A política recebeu ampla aceitação na província de Jambi, pela PT Wira Karya Sakti (PT WKS), uma companhia florestal subsidiária da gigante Sinar Mas Group (SMG).
"Queremos responsabilizar as companhias que construíram ou que obteram lucros com a barragem - a companhia coreana que a construiu ou a companhia belga que é a proprietária da barragem agora.
Bertolt Brecht escrevia desde o exílio: "Verdadeiramente, vivo em tempos sombrios./ É insensata a palavra ingênua. Uma testa lisa/ revela insensibilidade. Quem ri/ é que não ouviu ainda a notícia terrível,/ ainda não chegou a ele. Que tempos estes em que/ falar de árvores é quase um crime/ porque supõe calar sobre tantas aleivosias!"
Em 2003, a Aracruz Celulose do Brasil pagou USD 610 milhões para a Klabin, para comprar suas operações com pasta de celulose no Rio Grande do Sul. Junto com a fábrica de pasta de celulose com capacidade de 400.000 toneladas ao ano e os 40.000 hectares de plantações de eucalipto, veio o certificado do Conselho de Manejo Florestal (FSC) que estabelecia que as plantações estavam bem manejadas.
O município de Lumaco, com 11.405 habitantes, está localizado na nona região do Chile. Sob as perspectivas da antiga territorialidade mapuche e sob as atuais identidades territoriais mapuche reivindicadas nesta região, Lumaco corresponde ao centro político do território mapuche- Nalche (também chamado “nagche” e “nag- che”).