Artigos de boletim

Localizada a grande distância das florestas tropicais da Amazônia, British Columbia (BC), a província mais ocidental do Canadá, foi caracterizada como o “Brasil do Norte” devido ao ritmo de destruição de suas florestas. Nas florestas de British Columbia, a posse da terra está, predominantemente, nas mãos de interesses comerciais e as atividades extrativistas são em grande escala. Contudo, há um indício de mudança através de uma nova forma de utilizar e de manejar a floresta, decorrente do surgimento das florestas comunitárias.
De que falamos ao referirmos ao Manejo Florestal Comunitário? De início, nos encontramos com o termo "manejo" que o dicionário define como a “arte de manejar os cavalos”. Associado à floresta, a referência mais próxima é a expressão “manejo florestal”, que surge na Europa no século XVIII como corolário do processo de cercado das florestas comunais, e posteriormente o estabelecimento do controle do Estado sobre as florestas. Por último, o termo foi ligado à produção de madeira com fins comerciais.
Por que foi nas comunidades tradicionais que surgiram as práticas milenares de utilização da floresta, hoje denominadas “Manejo Florestal Comunitário”? Por que essas práticas têm sido algo natural para elas?
Em 2002, uma série de organizações e pessoas que trabalharam juntas para influenciar a World Summit on Sustainable Development – WSSD (Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável), criou o Global Caucus (Caucus Global) sobre Manejo Florestal Comunitário, que pôde influenciar os delegados do governo para “reconhecer e apoiar os sistemas de manejo florestal comunitários e indígenas com o fim de garantir sua total e efetiva participação no manejo florestal sustentável.” (artigo 45h do Relatório WSSD)
Por anos os governos têm discutido sobre as florestas e têm assinado contratos “obrigatórios juridicamente ” e “não obrigatórios juridicamente” com o fim de proteger as florestas mundiais. Portanto, é um exercício útil revisar esses contratos com relação ao manejo comunitário das florestas, para ver o papel –se houver qualquer papel- que os governos têm alocado às comunidades que efetivamente moram nas florestas ou dependem delas. A Cúpula Mundial de 1992
Em abril o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional farão 60 anos. Ativistas do mundo inteiro já estão organizando diferentes ações para denunciar o papel dessas instituições no modelo econômico socialmente e ambientalmente destruidor imposto ao mundo para favorecer os interesses de empresas estabelecidas no Norte (por maiores informações visite o site http://www.50years.org ).
Floresmilo Villalta é um camponês de 63 anos que desde 1997, junto com muitos outros camponeses enfrenta perseguição, ameaças e agressões da companhia madeireira BOTROSA, pelo fato de exigir que lhes sejam devolvidas suas terras, dadas em concessão de forma ilegal à companhia.
“Não ao ouro sujo” é a palavra de ordem de uma campanha endereçada aos consumidores, lançada em 11 de fevereiro de 2004 pela Earthworks/Mineral Policy Center e a Oxfam, com o objetivo de pressionar a indústria do ouro e mudar a forma como o mesmo é extraído, comprado e vendido.
Em 12 de fevereiro último, mais de 100 grupos que trabalham com meio ambiente, desenvolvimento e direitos humanos na República Democrática do Congo (RDC), país devastado pela guerra, criaram uma aliança contra um “desenvolvimento” das florestas tropicais do país que poderia importar grande aumento da derrubada industrial.
Décadas de desmatamento e degradação fizeram com que só restassem incólumes menos de 2% das florestas nativas de Gana. Essas florestas são fonte de sustento para os povos que delas dependem, pois fornecem lenha, carvão, material de construção, forragem, frutos, nozes, mel, remédios e pigmentos. Ao mesmo tempo, cumprem uma importante função na prevenção da erosão do solo, na proteção das bacias, na fertilidade e sombra para o solo, na proteção contra o vento, na prevenção de enchentes e deslizamentos de terra, na retenção da água e na conservação da pureza da água.
A Suazilândia, um país cercado de terra com uma população de 1.161.219 habitantes em 17.363 metros quadrados, circundada quase completamente pela África do Sul tem a madeira como sua segunda atividade industrial depois do açúcar.
A mineração provoca impactos devastadores no meio ambiente e nos povos, mas também produz graves efeitos específicos sobre a mulher (veja os boletins 71 e 79 do WRM). Além de causar desmatamento e contaminar a terra, os rios e o ar com resíduos tóxicos, a mineração está destruindo os espaços privados e culturais da mulher, tirando dela a sua infra-estrutura de socialização e a sua função social, tudo em benefício de um punhado de grandes corporações.