A Suazilândia, um país cercado de terra com uma população de 1.161.219 habitantes em 17.363 metros quadrados, circundada quase completamente pela África do Sul tem a madeira como sua segunda atividade industrial depois do açúcar.
Artigos de boletim
A mineração provoca impactos devastadores no meio ambiente e nos povos, mas também produz graves efeitos específicos sobre a mulher (veja os boletins 71 e 79 do WRM). Além de causar desmatamento e contaminar a terra, os rios e o ar com resíduos tóxicos, a mineração está destruindo os espaços privados e culturais da mulher, tirando dela a sua infra-estrutura de socialização e a sua função social, tudo em benefício de um punhado de grandes corporações.
O Parque Nacional Komodo (PNK) foi estabelecido pelo governo da Indonésia em 1980, com o objetivo de proteger o hábitat do singular lagarto gigante Varanus komodoensis, também chamado de dragão de Komodo. Em 1995, o governo central convidou a organização The Nature Conservancy (TNC), sediada nos Estados Unidos, para fazer o manejo conjunto do parque.
Por centenas de anos, os indígenas Heuny e Jrou que moram nas vilas de Nong Phanouane e Houay Chote, têm praticado agricultura migratória rotacional em suas florestas no Boloven Plateau no sul do Laos.
Agora, oficiais do governo disseram-lhes que têm que abandonar a agricultura migratória e que muito cedo deverão mudar-se. A razão? Lamentavelmente moram num manancial que o governo declara que deve ser protegido por causa de uma barragem hidrelétrica proposta.
As comunidades locais de toda a Malásia rejeitam o intento do país de fornecer uma fachada ecológica a sua indústria madeireira. Durante a reunião COP-7 da Convenção sobre Biodiversidade na Malásia em fevereiro, representantes de 253 comunidades indígenas, que dependem da floresta, apresentaram uma declaração descrevendo o plano do Conselho de Certificação de Madeira da Malásia, MTCC, como um plano que “tem causado e continua causando, a marginalização de nossas comunidades”.
O plano do Conselho de Certificação de Madeira da Malásia, MTCC, foi estabelecido para satisfazer as exigências dos mercados ocidentais de um selo verde de madeira tropical, e o MTCC tem sido um pioneiro entre os planos de certificação nacional de países tropicais que realmente investem em obter aceitação do mercado europeu. As delegações malaias, encabeçadas pelo Ministro de Indústrias Primarias, têm visitado a Europa várias vezes, e a promoção ativa de seu próprio plano tem funcionado.
A mineração é uma das atividades impostas pela distribuição internacional do trabalho aos países do Sul ricos em recursos naturais. No entanto, em nenhum caso, ela resulta no bem-estar geral do país; pelo contrário, é mais uma maldição (veja o boletim 71 do WRM).
Na Costa Rica, o Comitê Contra a Mineração do Ouro é ativo na denúncia dos numerosos e devastadores impactos da mineração, que têm a ver com a própria mina, com a eliminação de resíduos da mina, com o transporte do mineral e com o processamento do mesmo, o qual, com freqüência, envolve ou produz materiais perigosos.
Os Naso (também conhecidos como Teribe) são uns dos primeiros grupos que se estabeleceram no território do Panamá. Depois de várias expedições armadas européias, a população Naso reduziu-se drasticamente até o ponto que no século XIX restavam menos de dois mil. Atualmente há aproximadamente 4.000 Naso nas duas margens da fronteira entre a Costa Rica e o Panamá, e em geral suas condições de vida são más. No Panamá estão localizados na província de Bocas del Toro, nas florestas noroestes que margeiam o rio Teribe, um importante afluente do rio Changuinola.
Traçar o histórico da pressão estadunidense sobre a política equatoriana poderia nos fazer voltar bem longe no tempo e levaria muitas páginas. Não obstante, para analisar os recentes acontecimentos, podemos mencionar a conferência ministerial da ALCA (Área de Livre Comércio das Américas), realizada em Miami em novembro de 2002, onde os Estados Unidos perderam poder e tiveram de aceitar a proposta do Brasil de uma “ALCA mais flexível”.
O Paraguai, país basicamente agrícola, acha-se no dilema de ter de escolher entre tecnologia ou “ficar no atraso”.
Nos últimos quarenta anos, a partir da Revolução Verde, com seu pacote de agrotóxicos e agora transgênicos, a tecnologia aplicada à agricultura vem prometendo vencer os inconvenientes que atentam contra a produção agrícola e resolver o problema da fome.
A comunidade asháninka de Churinashi, na província de Atalaia, na Amazônia peruana, está sofrendo uma situação de violência e recebendo ameaças de despejo forçado de suas terras, territórios e recursos, sobre os quais possui direitos ancestrais reconhecidos na Constituição peruana, conforme ratificação pelo Peru da Convenção 169 da OIT, sobre povos indígenas e tribais, incluída na legislação nacional em 1993, através da Resolução Legislativa 26253.
A “Plantation 2020 Vision” (o programa do Governo Federal focalizado no estabelecimento de 650.000 hectares de plantações de árvores na Tasmânia durante os próximos vinte anos –vide Boletins do WRM números 37, 55, 64-) motiva e estende a violenta história de desapossamento da Tasmânia, quando o destino da população indígena era ser tirada do caminho pelos europeus.