A floresta é o lar de muitos povos, incluída uma parte substancial da população indígena. Segundo um estudo de 1992 sobre a situação dos povos indígenas nas florestas tropicais, financiado pela União Européia, as áreas de floresta tropical do mundo eram habitadas por aproximadamente 12 milhões de índios, 3,5% do total da população da área em estudo. Esse número não inclui índios habitando outros tipos de floresta.
Artigos de boletim
Não é por acaso que a feminilidade está ligada à natureza, à origem e ao mistério. A mulher é fazedora de vida, amamentadora da espécie, transmissora da tradição oral e zelosa guardiã de segredos.
Quando do início da conquista de Eldorado, a grande jibóia-mulher serpenteava desde a memória do tempo pela Floresta Amazônica; ela, a serpente cósmica, era o grande rio com seus compridos e enormes braços de água, com seus aprazíveis remansos e suas cálidas e fecundas lagoas.
Em 2002, a organização malaia Tenaganita, junto com a Pesticide Action Network-Asia Pacific (Rede de Ação contra os Pesticidas-Ásia Pacífico), emitiu um estudo que confirmou que as mulheres que trabalham nas plantações estavam sendo intoxicadas pelo uso de pesticidas altamente tóxicos, especialmente Paraquat.
Até agora, a análise da mudança do clima tem estado guiada pela ciência, apresentada em termos de gases de efeito estufa e emissões. Apesar de que as análises científicas continuam sendo muito importantes, os problemas sociais devem ser levados em conta. Embora não há conexões óbvias diretas entre a mudança do clima e as mulheres, seus impactos potenciais em termos de vulnerabilidade socioeconômica e adaptação, colocam às mulheres numa posição chave.
Os Twa são uma nação indígena da região dos Grandes Lagos, na África Central, habitando Burundi, o leste da República Democrática do Congo (RDC), Ruanda e Uganda. Calcula-se que a sua população na região não ultrapassa 100 mil indivíduos. Originalmente, os Twa eram um povo das florestas, viviam da caça e da colheita e moravam nas regiões montanhosas dos lagos Tanganica, Kivu e Alberto, mas, no decorrer do tempo, essas florestas foram invadidas por povos agricultores e pastores, ou entregues para projetos de desenvolvimento comercial e áreas protegidas.
Os Twa são uma nação indígena da região dos Grandes Lagos, na África Central, habitando Burundi, o leste da República Democrática do Congo (RDC), Ruanda e Uganda. Calcula-se que a sua população na região não ultrapassa 100 mil indivíduos. Originalmente, os Twa eram um povo das florestas, viviam da caça e da colheita e moravam nas regiões montanhosas dos lagos Tanganica, Kivu e Alberto, mas, no decorrer do tempo, essas florestas foram invadidas por povos agricultores e pastores, ou entregues para projetos de desenvolvimento comercial e áreas protegidas.
Pachamama é um vocábulo quíchua que significa, basicamente, Terra Mãe. Os quíchuas, povo indígena que habita uma vasta área dos Andes, acreditam que a Terra é uma mãe que cuida dos habitantes como se fossem seus filhos.
Em 16 de outubro de 2003, Irene Fernandez, Diretora da Tenaganita (una organização não governamental sediada em Kuala Lumpur, Malásia) foi sentenciada a 12 meses de prisão pelo Tribunal de Magistrados pelo Memorando sobre “Abuso, Tortura e Tratamento Desumano aos Trabalhadores Emigrantes em Centros de Detenção”. O memorando tinha sido concluído e enviado às correspondentes autoridades e os meios de comunicação em agosto de 1995.
O papel dos povos indígenas e dos sistemas de conhecimento tradicional na conservação da biodiversidade é uma realidade tão conhecida, que dispensa maior fundamentação. Não obstante, o papel desempenhado pelas mulheres em particular é menos reconhecido, e mesmo nos casos em que há tal reconhecimento, ele não vem acompanhado da correspondente provisão de espaço para participar nas respectivas plataformas de discussão e tomada de decisões, em especial, nos processos dominantes. A região nordeste da Índia é rica em florestas e áreas alagadas, e é habitada por mais de 250 nações indígenas.
Na Indonésia, a região ocidental de Java – Halimun – é muito conhecida pela alta diversidade biológica e riqueza cultural. Em termos de sistemas de manejo comunitário dos recursos florestais, os povos indígenas e a população local de Halimun possuem séculos de agricultura e conhecimento das florestas tropicais. Eles utilizam a floresta e as terras em volta para vários modelos de agricultura migratória, arrozais, hortas, hortas com mistura de árvores e vários tipos de floresta. Esses modelos são manejados por homens e mulheres como um sistema único integrado.
O Centro para Pesquisas Internacionais em Silvicultura (Center for International Forestry Research) vem aplicando, há mais de cinco anos, um programa denominado “Manejo colaborativo adaptativo das florestas” (ACM, em inglês). No momento de maior expansão desse programa, trabalhamos em 11 países (Nepal, Indonésia, Filipinas, Quirguistão, Malauí, Camarões, Zimbábue, Gana, Madagascar, Bolívia e Brasil); atualmente, continuamos trabalhando em oito desses países.
No marco da Rede Plantas Medicinais da América do Sul, o Centro Uruguaio de Estudos em Tecnologias Apropriadas vem coordenando, no Uruguai, um trabalho em parceria de recuperação do saber popular e tradicional sobre o uso de plantas como remédios e alimentos.