Outra informação

“O mundo está mais perigoso do que nunca para os defensores da terra e do meio ambiente, com o agronegócio sendo o setor mais ligado a assassinatos”, diz a Global Witness em seu último relatório, destacando que não são apenas esses defensores que estão sendo ameaçados, atacados ou mortos por lutarem para proteger suas terras e seu modo de vida. “Inúmeras pessoas em todo o mundo sofrem ameaças por enfrentar o poder de grandes corporações, de grupos paramilitares e até mesmo de seus próprios governos”.
Este relatório da Changing Markets Foundation trata dos impactos ambientais causados pelos esquemas de certificação e iniciativas voluntárias nas indústrias de pesca, dendê e têxtil.
Pesquisa documental de Lexterra, JA! Justiça Ambiental e União Nacional de Camponeses (UNAC) sobre os impactos das plantações de monoculturas de eucalipto e pínus sobre os territórios das comunidades em Moçambique, com entrevistas e observações diretas de campo.
Documentário que narra a recuperação do território expropriado da multinacional Arauco pela cooperativa de Produtores Independentes de Piray (PIP) em Misiones, na Argentina. Após 14 anos de luta, eles demonstram que outro modelo produtivo é possível. Hoje, a cooperativa faz agricultura familiar orgânica onde, anos atrás, havia apenas monoculturas de pínus e eucaliptos.
O grupo Société Financière des Caoutchouc (Socfin) é uma das maiores empresas de plantações do mundo. Em Camarões, desenvolveu-se uma implacável luta pelos direitos à terra entre os moradores de aldeias e a Socapalm, subsidiária local da Socfin, que possui seis concessões de óleo de dendê no país.
O relatório REDD Early Movers (REM) no Acre, Brasil compara a promessa da redução das emissões de carbono causadas pelo desmatamento mediante incentivos financeiros com a implementação de medidas REDD+ no âmbito do programa REM (REDD Early Movers) no Brasil.
Em 2016, um canal de televisão na França (Canal 2) transmitiu uma reportagem que contava a história de Vincent Bo lloré, empresário à frente da empresa de plantação de dendezeiros Bolloré, subsidiária da multinacional Socfin. A reportagem mostrou os abusos sociais e ambientais cometidos em Camarões pela Socapalm, outra subsidiária da Socfin. Vincent Bolloré tem 38,7% das ações da Socfin. O empresário decidiu processar o jornalista por difamação, em uma clara estratégia de intimidação.
Um relatório do Instituto Oakland documenta detalhadamente os diversos abusos aos direitos dos maasais nas regiões de Ngorongoro e Loliondo, na Tanzânia. Nos últimos anos, centenas de casas dos maasais foram queimadas e dezenas de milhares de pessoas, expulsas de suas terras em nome da conservação e do turismo de safári.
Entre 15 e 17 de junho de 2018, povos indígenas e de comunidades que vivem e trabalham na floresta se reuniram em Sena Madureira, Acre, para denunciar as falsas soluções propostas pelo capitalismo verde para as degradações ambientais e climáticas. Denunciou-se os projetos que creem na falácia de que é possível seguir poluindo a terra, a água e a atmosfera em determinado ponto do planeta e “compensar” esta poluição por meio da manutenção de florestas em outra região.
Um artigo da Transparência Internacional em Portugal mostra como o poder político daquele país – que deveria gerir a floresta, o ordenamento territorial e os meios de prevenção e combate aos incêndios – é refém de interesses empresariais influentes. Segundo o artigo, isso explica por que tantas pessoas morrem e tanta área é arrasada pelo fogo, ano após ano.