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Um novo relatório da Survival International documenta casos graves de abusos generalizados e sistemáticos cometidos contra os direitos humanos, entre 1989 e os dias de hoje, em Camarões, República do Congo e República Centro-Africana, por guardas de unidades de conservação financiados e equipados pelo World Wildlife Fund (WWF) e a Wildlife Conservation Society (WCS), a organização que dirige o zoológico do Bronx, em Nova York.
A Reserva Natural Numto, da Rússia, no oeste da Sibéria, contém um lago sagrado, garças ameaçadas de extinção e zonas úmidas valiosas para os povos indígenas Nenet e Khanty. No ano passado, as fronteiras da reserva natural foram redesenhadas pelo governo regional para dar lugar a novas operações de perfuração da empresa petrolífera russa Surgutneftegas, forçando a saída dos grupos indígenas.
Uma entrevista com a professora da Universidade de Gana, Dzodzi Tsikata, deixa claro que “qualquer pessoa que se declare feminista não pode deixar de reconhecer a conexão entre os direitos das mulheres e o direito à terra”. Por isso, ela acrescenta que “os direitos das mulheres afetam muitas esferas interligadas que não podem ser separadas. Se o foco estiver em apenas um aspecto e o resto for ignorado, os direitos das mulheres não se realizam”.
O poder comercial da indústria de óleo de dendê (óleo de palma) na Indonésia está interligado a políticos e autoridades governamentais no mais alto nível, o que leva à apropriação violenta da terra de comunidades camponesas e tradicionais. Este artigo, parte da série “Indonésia à venda”, conta a história do dinheiro, da política e do poder em Seruyan, Bornéu, Indonésia, uma das principais áreas visadas pela indústria de óleo de dendê no país.
A atual onda de assassinatos visando diretamente ativistas ambientais e feministas requer uma reflexão que inclua uma perspectiva de gênero. Muitos projetos comunitários baseados no modelo cooperativo de autogestão estão sendo liderados por mulheres – mulheres que são conscientes de si mesmas e querem ser livres da exploração, seja trabalhista, material, cultural ou patriarcal –, e que não compreendem sua libertação se suas irmãs também não forem libertadas.
Este novo relatório, publicado pelas ONGs Re:Common and Counter Balance, expõe a lógica absurda por trás das compensações de biodiversidade e explica como ela é implantada por empresas privadas – com o apoio dos governos e a legitimação de algumas organizações de conservação e acadêmicos – para fazer a lavagem verde em sua reputação e continuar operando como sempre fizeram. Acesse o relatório, em inglês, aqui.
No dia 21 de setembro, organizações e indivíduos do mundo todo dão visibilidade às inúmeras lutas contra a expansão das grandes plantações de monoculturas de árvores. Eucalipto, pínus, acácia, seringueira, teca, dendezeiro e outros tipos de plantações industriais causam impactos desastrosos. A data também enfatiza os impactos prejudiciais desse modelo de produção monocultor.
Em 2004, a Rede Alerta contra o Deserto Verde –que realiza campanhas no Brasil contra a expansão das plantações de árvores- teve a idéia de estabelecer o dia 21 de setembro (Dia da Árvore no Brasil) como o Dia Internacional contra as monoculturas de árvores. A idéia foi apoiada por organizações no mundo inteiro que desde então levam a cabo uma série de atividades especiais nessa data.